segunda-feira, 3 de julho de 2023

BOTAFOGUENSES ANÔNIMOS: Frazão


Carlos Jaime Alves, o Frazão, nasceu em Vitória (ES), no dia 29 de novembro de 1934.
O apelido lhe foi posto na época em que servia na Aeronáutica. Havia um suboficial, chamado Frazão, que apresentava impressionante semelhança fisionômica com ele. A turma notou o fato e o “batizou” de Frazão, nome pelo qual passou a ser conhecido.
Foi no quadro infantil do “11 Unidos do Brasil F. C.” que Frazão travou seus primeiros contatos com a bola. Era meia-esquerda e jogava bem, motivo pelo qual despertou a atenção de um sócio do Madureira, chamado Severino, que o levou para treinar entre os juvenis de Conselheiro Galvão. Aprovou e ficou. Sob as ordens do treinador Otacílio, sagrou-se vice-campeão do Torneio Início de juvenis, em torneio realizado no estádio do Fluminense, no dia 14 de agosto de 1954.
Quando, então, passou a aspirante, surgiu a oportunidade de jogar do time principal, depois que o meia-esquerda Nelsinho se machucou, ficando afastado por uma temporada. Daí em diante não deixaria mais de ser titular.
Foi campeão com o Madureira do Torneio Início de 1957, com essa formação: Ari, Ítalo e Salvador; Marcelo (Décio), Nair e Juscelino (Nilo); Fernando, Frazão, Bira, Édson e Welis.
Em 1959, o Madureira foi vice-campeão do Torneio Início. Na final, empatou com o Flamengo em 2 x 2 ao final dos 60 minutos regulamentares e perdeu na prorrogação.
Até fevereiro de 1960, Frazão defendeu as cores do Madureira.
Em 17 de março de 1960, num jogo contra o América, válido pelo Torneio Rio-São Paulo (empate em 0 x 0), Frazão fez sua estreia no Botafogo, substituindo Ronald. O Botafogo formou com Ernâni, Cacá, Zé Maria, Paulistinha e Ademar; Ronald (Frazão) e Édison; Garrincha, Paulinho Valentim, Quarentinha e Zagalo (Neyvaldo) (Rossi).

Teve seus momentos de desânimo em General Severiano, pois custou a acertar. No Madureira, Frazão era figura de primeira grandeza, como excelente médio apoiador que era. Entretanto, ao ingressar no Botafogo, quando todos pensavam que ele seria uma das estrelas do elenco alvinegro, não teve oportunidades. Jogou algumas vezes no time principal, a maioria como médio-volante, mas logo cedeu a posição para Pampolini.
No Botafogo jogou apenas no ano de 1960. Foram 17 jogos, sendo dez amistosos, um pelo Campeonato Carioca e seis pelo Torneio Rio-São Paulo, sem marcar gol.
Foi, então, emprestado ao Internacional, de Porto Alegre, onde fez seu primeiro jogo em 21 de março de 1961, na vitória de 3 x 1 sobre o E. C. São José, em amistoso realizado no estádio Passo D’Areia, em Porto Alegre (RS).
De forma oficial, sua estreia aconteceu em 6 de junho de 1961, pelo campeonato gaúcho, na goleada de 7 x 1 sobre o Juventude, de Caxias do Sul. Formou o Internacional com Silveira, Ari Ercílio e Ezequiel; Zangão, Sérgio Lopes e Kim; Sapiranga, Alfeu, Flávio, Frazão e Gilberto Andrade.

Foram seis jogos pelo Campeonato Gaúcho, sem marcar gol.
Sua última participação no time gaúcho foi em 15 de outubro de 1961, com derrota para o Juventude, de Caxias do Sul, por 2 x 0.
Retornou ao Botafogo, mas não demoraria muito para sair novamente. Em 29 de maio de 1962 o Botafogo comunicou à Federação Carioca de Futebol que cedeu à Associação Esportiva Guaratinguetá, de São Paulo, os direitos sobre Frazão.
No dia 7 de julho de 1962 estrearia em jogo do Campeonato Paulista, na Rua Javari, em São Paulo-SP, com derrota de 2 x 1 para o Juventus. A Esportiva formou com Costa, Rubens, Cetale e Henrique; Rico e Daíco; Roberto, Itajubá, Geninho, Frazão e Nenê.
Em 26 de setembro de 1962, marcou seu primeiro gol na Esportiva, o da vitória de 1 x 0 sobre a Ferroviária, de Araraquara, ainda pelo Campeonato Paulista.
Disputou todo o campeonato paulista de 1963 e no dia 21 de outubro de 1964, na vitória da Esportiva sobre o Santos, por 2 x 0, jogo válido pelo campeonato paulista, fez sua última passagem pelo clube de Guaratinguetá.
Transferiu-se para o Clube Atlético Juventus, de São Paulo (SP), onde estreou pelo campeonato paulista no dia 13 de julho de 1965, formando com Claudinei, Diógenes, Milton Buzetto, Hidalgo e Nenê; Jair Francisco e Frazão; Jorginho, Antoninho, Bira e Valdir. Técnico: Sílvio Pirilo.
Disputou o Campeonato Paulista da Série B de 1967 pelo Clube Atlético Bragantino, de Bragança Paulista, e depois retornaria ao Juventus, onde permaneceu até 1971, seu último ano como jogador de futebol.

Colaboração:
João Batista Lopes da Silva
Rodolfo Pedro Stella Junior

Fontes consultadas:
Almanaque Colorado – Cem Anos de Glória, de Alessandro Moraes.
Jornal dos Sports
O Caminho da Bola – Volume II – 1953-1982, da Federação Paulista de Futebol
Revista do Esporte.


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