O apelido lhe foi posto na época em que servia na Aeronáutica. Havia um suboficial,
chamado Frazão, que apresentava impressionante semelhança fisionômica com ele.
A turma notou o fato e o “batizou” de Frazão, nome pelo qual passou a ser
conhecido.
Foi no quadro infantil do “11 Unidos do Brasil F. C.” que Frazão travou seus
primeiros contatos com a bola. Era meia-esquerda e jogava bem, motivo pelo qual
despertou a atenção de um sócio do Madureira, chamado Severino, que o levou
para treinar entre os juvenis de Conselheiro Galvão. Aprovou e ficou. Sob as
ordens do treinador Otacílio, sagrou-se vice-campeão do Torneio Início de
juvenis, em torneio realizado no estádio do Fluminense, no dia 14 de agosto de
1954.
Quando, então, passou a aspirante, surgiu a oportunidade de jogar do time
principal, depois que o meia-esquerda Nelsinho se machucou, ficando afastado
por uma temporada. Daí em diante não deixaria mais de ser titular.
Foi campeão com o Madureira do Torneio Início de 1957, com essa formação: Ari,
Ítalo e Salvador; Marcelo (Décio), Nair e Juscelino (Nilo); Fernando, Frazão,
Bira, Édson e Welis.
Em 1959, o Madureira foi vice-campeão do Torneio Início. Na final, empatou com
o Flamengo em 2 x 2 ao final dos 60 minutos regulamentares e perdeu na
prorrogação.
Até fevereiro de 1960, Frazão defendeu as cores do Madureira.
Em 17 de março de 1960, num jogo contra o América, válido pelo Torneio Rio-São
Paulo (empate em 0 x 0), Frazão fez sua estreia no Botafogo, substituindo
Ronald. O Botafogo formou com Ernâni, Cacá, Zé Maria, Paulistinha e Ademar;
Ronald (Frazão) e Édison; Garrincha, Paulinho Valentim, Quarentinha e Zagalo
(Neyvaldo) (Rossi).
Teve seus momentos de desânimo em General Severiano, pois custou a acertar. No Madureira,
Frazão era figura de primeira grandeza, como excelente médio apoiador que era.
Entretanto, ao ingressar no Botafogo, quando todos pensavam que ele seria uma
das estrelas do elenco alvinegro, não teve oportunidades. Jogou algumas vezes
no time principal, a maioria como médio-volante, mas logo cedeu a posição para
Pampolini.
No Botafogo jogou apenas no ano de 1960. Foram 17 jogos, sendo dez amistosos,
um pelo Campeonato Carioca e seis pelo Torneio Rio-São Paulo, sem marcar gol.
Foi, então, emprestado ao Internacional, de Porto Alegre, onde fez seu primeiro
jogo em 21 de março de 1961, na vitória de 3 x 1 sobre o E. C. São José, em
amistoso realizado no estádio Passo D’Areia, em Porto Alegre (RS).
De forma oficial, sua estreia aconteceu em 6 de junho de 1961, pelo campeonato
gaúcho, na goleada de 7 x 1 sobre o Juventude, de Caxias do Sul. Formou o
Internacional com Silveira, Ari Ercílio e Ezequiel; Zangão, Sérgio Lopes e Kim;
Sapiranga, Alfeu, Flávio, Frazão e Gilberto Andrade.
Sua última participação no time gaúcho foi em 15 de outubro de 1961, com
derrota para o Juventude, de Caxias do Sul, por 2 x 0.
Retornou ao Botafogo, mas não demoraria muito para sair novamente. Em 29 de
maio de 1962 o Botafogo comunicou à Federação Carioca de Futebol que cedeu à
Associação Esportiva Guaratinguetá, de São Paulo, os direitos sobre Frazão.
No dia 7 de julho de 1962 estrearia em jogo do Campeonato Paulista, na Rua
Javari, em São Paulo-SP, com derrota de 2 x 1 para o Juventus. A Esportiva formou
com Costa, Rubens, Cetale e Henrique; Rico e Daíco; Roberto, Itajubá, Geninho,
Frazão e Nenê.
Em 26 de setembro de 1962, marcou seu primeiro gol na Esportiva, o da vitória
de 1 x 0 sobre a Ferroviária, de Araraquara, ainda pelo Campeonato Paulista.
Disputou todo o campeonato paulista de 1963 e no dia 21 de outubro de 1964, na
vitória da Esportiva sobre o Santos, por 2 x 0, jogo válido pelo campeonato
paulista, fez sua última passagem pelo clube de Guaratinguetá.
Transferiu-se para o Clube Atlético Juventus, de São Paulo (SP), onde estreou pelo
campeonato paulista no dia 13 de julho de 1965, formando com Claudinei,
Diógenes, Milton Buzetto, Hidalgo e Nenê; Jair Francisco e Frazão; Jorginho,
Antoninho, Bira e Valdir. Técnico: Sílvio Pirilo.
Disputou o Campeonato Paulista da Série B de 1967 pelo Clube Atlético
Bragantino, de Bragança Paulista, e depois retornaria ao Juventus, onde
permaneceu até 1971, seu último ano como jogador de futebol.
Colaboração:
João Batista Lopes da Silva
Rodolfo Pedro Stella Junior
Fontes consultadas:
Almanaque Colorado – Cem Anos de Glória, de Alessandro Moraes.
Jornal dos Sports
O Caminho da Bola – Volume II – 1953-1982, da Federação Paulista de Futebol
Revista do Esporte.
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