Uma rodada dupla fez parte da programação de inauguração das arquibancadas de cimento do estádio do Bonsucesso, na rua Teixeira de Castro, no bairro de Bonsucesso, no dia 29 de junho de 1947. O campo já existia há muito tempo, mas com arquibancadas de madeira.
Na preliminar, disputada pelos quadros do anfitrião Bonsucesso e do Madureira, o time da casa venceu por 3 x 2.
Para o jogo principal, o Bonsucesso convidou as equipes do Botafogo e do Fluminense.
Os dois tradicionais rivais proporcionaram ao numeroso público que compareceu ao campo do Bonsucesso um jogo deveras interessante e que prendeu a atenção desde o começo até o final.
O quadro botafoguense, na realidade, jogou mais que o Fluminense, mas este, quando viu se aproximar uma derrota que ameaçava se tornar feia, soube reagir com ímpeto para igualar a contagem bem no final do jogo, quando a vitória do Botafogo parecia inevitável.
O primeiro tempo terminou com a contagem de 2 x 1 para o Botafogo, com gols feitos por Octávio, Geninho e Osvaldinho.
Na segunda fase, os botafoguenses agindo melhor e fazendo maior pressão chegaram a estar vencendo por 5 x 3, quando se deu a reação do Fluminense para se verificar o empate ao final do jogo (5 x 5).
Foram autores desses gols Ponce de León, Careca (de pênalti), Santo Cristo, Marinho (contra), Octávio, Osvaldinho e Juvenal.
O árbitro foi o Sr. Geraldo Fernandes, da Federação Mineira de Futebol, que foi fraco embora demonstrando imparcialidade. Marcou dois pênaltis bem duvidosos, um para cada lado: o primeiro, a favor do Fluminense, que Careca transformou no terceiro gol, e o segundo a favor do Botafogo, que Santo Cristo arrematou para fora.
Os dois quadros atuaram assim:
BOTAFOGO: Osvaldo Baliza, Marinho e Sarno; Ivan, Cid e Juvenal; Ponce de León, Octávio, Osvaldinho, Geninho e Santo Cristo (Braguinha).
FLUMINENSE: Darci, Gualter e Hélvio; Paschoal, Telesca e Bigode (Ismael); Pinhegas, Ademir Menezes (Juvenal), Simões (Rubinho), Careca e Rodrigues (Osvaldinho).
Nenhum comentário:
Postar um comentário