quinta-feira, 30 de novembro de 2023

DANDO UM TEMPO!


Mais uma vez vou precisar parar com a atualização do blog, que já não era a desejada, mas tentávamos levar aos trancos e barrancos. 
Volto qualquer hora dessas!
Grato pela paciência em acompanhar o blog.


sábado, 25 de novembro de 2023

BOTAFOGUENSES ANÔNIMOS: Caznok


João Caznok Filho nasceu em Capinzal (SC), no dia 20 de novembro de 1930.
Neto de italianos e bisneto de poloneses, ainda jovem, partiu com sua família para o Paraná, de onde era o seu pai.
Em Curitiba (PR), iniciou sua carreira de jogador de futebol, quando ingressou no quadro de juvenis do Ferroviário. Galgando rapidamente as divisões superiores, no ano seguinte disputou algumas partidas no time de profissionais, conseguindo, somente em 1949, efetivar-se em definitivo.
Antes de deixar o Ferroviário, colecionou títulos no futebol paranaense, tornando-se campeão nos anos de 1948, 1950 e 1953. Em 1950, também conseguiu sagrar-se vice-campeão brasileiro universitário com a Seleção do Paraná.
Pelo seu físico (1,82 m de altura e 74 kg de peso) e por sua maneira de jogar, quando chegou ao Botafogo chegaram a dizer que se tratava do novo Vinícius (jogador que havia se transferido para o futebol italiano).
E as expectativas em torno dele quase foram confirmadas em sua estreia. No dia 1º de outubro de 1955, no Maracanã, válido pelo Campeonato Carioca, o Botafogo venceu o Bangu, por 4 x 3, com dois gols marcados por Caznok. O Botafogo formou com Edgard, Gerson dos Santos e Nilton Santos; Orlando Maia, Bob e Pampolini; Garrincha, Gato, Casnok, Paulinho Omena e João Carlos. Técnico: Zezé Moreira.
Todavia, não atendeu às expectativas que cercaram sua transferência, jogando poucas vezes, sendo sua última participação em 11 de janeiro de 1956, num amistoso que o time misto do Botafogo disputou em Barra Mansa (RJ), vencendo o clube do mesmo nome, por 4 x 1. Em sua despedida, marcou dois gols.
Continuou com o passe preso ao Botafogo, mas tendo em vista que a delegação do Botafogo se encontrava na Europa, aproveitou que os profissionais que permaneceram no Brasil estavam sem atividades e foi até São Paulo, treinar no Palmeiras.
Já no treino do dia 13 de abril de 1956, titulares e reservas do Palmeiras empataram em 2 x 2, com Caznok marcando um dos gols dos suplentes.

Contando com a indispensável permissão do Botafogo, Caznok foi inscrito pelo Palmeiras para a disputa do Torneio "Roberto Gomes Pedrosa", mas não disputou partidas por esta competição.
Disputou apenas dois amistosos pela equipe do Palmeiras: a primeira, em 22 de abril de 1956, no empate em 2 x 2 com o Barretos, e a segunda, em 3 de maio de 1956, quando seu time foi goleado pelo Sport Recife, por 4 x 1. Na véspera, no treino, Caznok marcou dois gols na vitória dos titulares sobre os reservas, por 6 x 1.
Em 1º de maio de 1956, Caznok teve suspenso seu contrato com o Botafogo. Em 26 de setembro de 1956 o Tribunal de Justiça Desportiva o indiciou por infração de ordem contratual.
Mas Caznok tinha outros planos além de jogar futebol. Formado em Engenharia Civil e já sendo um dos sócios de uma firma comercial, retornou para Criciúma, levado pelo empresário Álvaro Catão, para jogar no Atlético Operário.
Logo depois, foi trabalhar no Grupo Freitas, já que tinha grande simpatia do empresário Diomício Freitas. Logo foi aproveitado no Metropol, à época gerido pelos Freitas, assumindo o time a um mês da excursão à Europa, após demissão de Ivo Andrade e interinidade de Mendes Ribeiro na função.
Caznok foi o técnico que conduziu o Esporte Clube Metropol em inédita e vitoriosa excursão à Europa, de 27 de abril a 30 de julho de 1962 (23 jogos, 13 vitórias, seis empates e quatro derrotas). Treinou, também, o Criciúma, logo após a transição do Comerciário.
Foi candidato a Vereador pela União Democrática Nacional, fechando a disputa na primeira suplência. Tentou cargos eletivos outras vezes, sem sucesso. Passou pelo Comerciário em meados dos anos 70 e, logo após a transformação para Criciúma Esporte Clube, comandou também o time em 1978.
Recebeu da Câmara de Vereadores o título honorífico de cidadão honorário.
Faleceu no dia 28 de abril de 2016, em Criciúma (SC).

Colaboração: Eduardo Tonon Narciso da Rocha, de Criciúma (SC).

Fontes: A Gazeta Esportiva, Almanaque do Palmeiras, Histórias Que a Bola Esqueceu e Revista do Esporte.

Fotos: Revista do Esporte e Sport Ilustrado.

quarta-feira, 15 de novembro de 2023

OS PRIMEIROS UNIFORMES DO BOTAFOGO





Quando o Botafogo disputou o seu primeiro jogo regular, no dia 2 de outubro de 1904, enfrentando o Football and Athletic Club, no campo deste, seu uniforme era camisas de malha branca e calções brancos.
Itamar Tavares, um dos fundadores do Botafogo, sustentava que o Botafogo era o resultado da fusão do Ideal (clube que fundara) e do Electro Club.
Dizia que a camisa alvinegra do Ideal era imitação da do Juventus, de Turim (Itália).
Uma assembleia realizada em 1º de julho de 1905 aprovou o projeto apresentado por Morales de los Rios, depois notável arquiteto, da comissão de uniforme, que criou a camiseta alvinegra, de listas verticais, que, dias após, o Presidente Joaquim Antônio de Souza Ribeiro encomendou da Inglaterra e também os calções brancos, o lenço preto para a cintura e os casquetes alvinegros.
A 8 de maio de 1906, Alfredo Chaves participa a chegada do material encomendado na Inglaterra, à Benetfink & Co., de Londres, o que permitiria ao Botafogo estrear suas belas jaquetas, tipo blusão, de listras alvinegras, com lindos botões sobre a listra central, bem como as magníficas faixas de sede preta e as casquetes também alvinegras.

Fonte: O Futebol no Botafogo (1904-1950).



sábado, 4 de novembro de 2023

O BOTAFOGO DE TODOS OS TEMPOS



Em sua edição de nº 652, de 19 de novembro de 1982, a revista Placar efetuou uma pesquisa junto a jornalistas, dirigentes, jogadores e torcedores para ser escolhido o Botafogo de Todos os Tempos.
Votaram: Armando Nogueira (na época com 55 anos), Oldemário Touguinhó (46), Luís Mendes (58), João Saldanha (62), Luís Carlos Melo (40), Sandro Moreyra (58), Geraldo Romualdo da Silva (63), Haroldo Habib (42), Waldir Amaral (55), Luís Roberto Porto (42), Osvaldo Sargentelli (58), Agnaldo Timóteo (46), Álvaro Brito de Rezende (56), Fair Mateus de Moura (41), Régis Cardoso (48), Otávio Pinto Guimarães (60), Ignácio Ferreira (48), Jerônimo Bastos (79), Abílio Briglia Habib (66) e Eudes Fontes (70), Nilton Santos (56), Juca Mello Machado (51), Althemar Dutra de Castilho (68), Paulo Amaral (59), Charles Borer (52), Zeferino Xisto Toniato (60), Lídio Toledo (50), Édson Bentes (46), Emmanuel Sodré Viveiros de Castro (Maninho) (62) e Egídio Landolfi (Paraguaio) (54).
Os dois únicos jogadores que receberam os 30 votos foram Garrincha e Nilton Santos.
Apresentamos, abaixo, os votados, o mais próximo possível de suas verdadeiras posições, no sistema 4-2-4, lembrando que muitos dos votantes modificaram o posicionamento dos jogadores. Por exemplo: houve jogador que apareceu como quarto-zagueiro e como lateral-esquerdo; jogador como zagueiro-central e como quarto-zagueiro; no meio-de-campo também a mudança de posição foi uma constante; idem, no ataque, onde muitos não se preocuparam, por exemplo, em colocar dois centro-avantes no ataque.


GOLEIRO:
Manga, 24 votos; Vítor, 5 e Osvaldo Baliza, 1.


LATERAL-DIREITO:
Carlos Alberto Torres, 21; Zezé Procópio, 5; Rubinho, 1; Zezé Moreira, 1 e Perivaldo, 1


ZAGUEIRO-CENTRAL:
Basso, 14; Brito, 8; Gerson dos Santos, 4 e Couto, 1.


QUARTO-ZAGUEIRO:
Leônidas, 18; Nariz, 3 e Alemão, 1.


MÉDIO-VOLANTE:
Didi, 29; Martim Silveira, 4; Ávila, 2 e Pampolini, 1.


LATERAL-ESQUERDO:
Nilton Santos, 30; Marinho Chagas, 4; Canalli, 3; Rildo, 3; Juvenal, 2 e Pamplona, 1.


PONTEIRO-DIREITO:
Garrincha, 30


MEIA-DIREITA
Gérson, 27; Geninho, 5; Nei Conceição, 1 e Afonsinho, 1.


CENTRO-AVANTE:
Heleno de Freitas, 18; Roberto Miranda, 4; Quarentinha, 4; Leônidas da Silva, 2; Carvalho Leite, 2; Paulo Valentim, 1 e Pirilo, 1.


MEIA-ESQUERDA:
Jairzinho, 10; Amarildo, 9; Nilo, 4; Mimi Sodré, 1 e Paulo Tovar, 1.


PONTEIRO-ESQUERDO:
Zagalo, 11; Patesko, 9 e Braguinha, 2.