Neto de italianos e bisneto de poloneses, ainda jovem, partiu com sua família
para o Paraná, de onde era o seu pai.
Em Curitiba (PR), iniciou sua carreira de jogador de futebol, quando ingressou
no quadro de juvenis do Ferroviário. Galgando rapidamente as divisões
superiores, no ano seguinte disputou algumas partidas no time de profissionais,
conseguindo, somente em 1949, efetivar-se em definitivo.
Antes de deixar o Ferroviário, colecionou títulos no futebol paranaense,
tornando-se campeão nos anos de 1948, 1950 e 1953. Em 1950, também conseguiu
sagrar-se vice-campeão brasileiro universitário com a Seleção do Paraná.
Pelo seu físico (1,82 m de altura e 74 kg de peso) e por sua maneira de jogar,
quando chegou ao Botafogo chegaram a dizer que se tratava do novo Vinícius
(jogador que havia se transferido para o futebol italiano).
E as expectativas em torno dele quase foram confirmadas em sua estreia. No dia
1º de outubro de 1955, no Maracanã, válido pelo Campeonato Carioca, o Botafogo
venceu o Bangu, por 4 x 3, com dois gols marcados por Caznok. O Botafogo formou
com Edgard, Gerson dos Santos e Nilton Santos; Orlando Maia, Bob e Pampolini;
Garrincha, Gato, Casnok, Paulinho Omena e João Carlos. Técnico: Zezé Moreira.
Todavia, não atendeu às expectativas que cercaram sua transferência, jogando
poucas vezes, sendo sua última participação em 11 de janeiro de 1956, num
amistoso que o time misto do Botafogo disputou em Barra Mansa (RJ), vencendo o
clube do mesmo nome, por 4 x 1. Em sua despedida, marcou dois gols.
Continuou com o passe preso ao Botafogo, mas tendo em vista que a delegação do
Botafogo se encontrava na Europa, aproveitou que os profissionais que
permaneceram no Brasil estavam sem atividades e foi até São Paulo, treinar no
Palmeiras.
Já no treino do dia 13 de abril de 1956, titulares e reservas do Palmeiras
empataram em 2 x 2, com Caznok marcando um dos gols dos suplentes.
Contando com a indispensável permissão do Botafogo, Caznok foi inscrito pelo
Palmeiras para a disputa do Torneio "Roberto Gomes Pedrosa", mas não
disputou partidas por esta competição.
Disputou apenas dois amistosos pela equipe do Palmeiras: a primeira, em 22 de
abril de 1956, no empate em 2 x 2 com o Barretos, e a segunda, em 3 de maio de
1956, quando seu time foi goleado pelo Sport Recife, por 4 x 1. Na véspera, no
treino, Caznok marcou dois gols na vitória dos titulares sobre os reservas, por
6 x 1.
Em 1º de maio de 1956, Caznok teve suspenso seu contrato com o Botafogo. Em 26
de setembro de 1956 o Tribunal de Justiça Desportiva o indiciou por infração de
ordem contratual.
Mas Caznok tinha outros planos além de jogar futebol. Formado em Engenharia
Civil e já sendo um dos sócios de uma firma comercial, retornou para Criciúma,
levado pelo empresário Álvaro Catão, para jogar no Atlético Operário.
Logo depois, foi trabalhar no Grupo Freitas, já que tinha grande simpatia do
empresário Diomício Freitas. Logo foi aproveitado no Metropol, à época gerido
pelos Freitas, assumindo o time a um mês da excursão à Europa, após demissão de
Ivo Andrade e interinidade de Mendes Ribeiro na função.
Caznok foi o técnico que conduziu o Esporte Clube Metropol em inédita e
vitoriosa excursão à Europa, de 27 de abril a 30 de julho de 1962 (23 jogos, 13
vitórias, seis empates e quatro derrotas). Treinou, também, o Criciúma, logo
após a transição do Comerciário.
Foi candidato a Vereador pela União Democrática Nacional, fechando a disputa na
primeira suplência. Tentou cargos eletivos outras vezes, sem sucesso. Passou
pelo Comerciário em meados dos anos 70 e, logo após a transformação para
Criciúma Esporte Clube, comandou também o time em 1978.
Recebeu da Câmara de Vereadores o título honorífico de cidadão honorário.
Faleceu no dia 28 de abril de 2016, em Criciúma (SC).
Fontes: A Gazeta Esportiva, Almanaque do Palmeiras, Histórias Que a Bola Esqueceu e Revista do Esporte.
Fotos: Revista do Esporte e Sport Ilustrado.
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