domingo, 30 de julho de 2023

RETRATO EM PRETO E BRANCO: Martim


Martim Mércio Silveira nasceu em Bagé (RS), no dia 19 de novembro de 1910.
Um dos maiores “center-halfs” do futebol brasileiro, de muita disposição e ao mesmo tempo clássico e elegante. Essa posição, no tempo do sistema 2-3-5, se constituía num trabalho maior do que o exercido por qualquer outro em campo. Centralizava tudo, em torno dele girava um time, por isso alguns cronistas o determinavam como o pivô ou o peão de uma equipe. Havia também quem designasse o “center-half” como o eixo do time.
A carreira de Martim começou em 1928, no Guarany, de sua cidade natal, com 18 anos de idade.
No ano seguinte, transferiu-se para o Rio de Janeiro. Curiosamente, ao chegar, inscreveu-se para jogar em dois clubes: Flamengo e Botafogo, e optou pelo segundo.
Sua estréia no Botafogo aconteceu em 12 de outubro de 1929, em Vitória (ES), num amistoso que o Botafogo venceu o Floriano local, por 3 x 0.
Duas semanas depois, estreou em jogos oficiais. No dia 26 de outubro de 1930, pelo campeonato carioca, o Botafogo perdeu para o Fluminense, por 2 x 0. Martim foi substituído por Edmundo.
Neste ano, sagrou-se campeão carioca, participando de 20 jogos e marcando 3 gols.
Foi campeão brasileiro jogando pela Seleção Carioca e campeão da Copa dos Campeões Rio-São Paulo, no ano de 1931.
Em 1932 fez sua estréia na Seleção Brasileira, no dia 4 de dezembro, em pleno Estádio Centenário, em Montevidéu, na vitória de 2 x 1 sobre o Uruguai, jogo válido pela Copa Rio Branco daquele ano, troféu conquistado sobre os então campeões mundiais.
Também neste ano tornou-se campeão carioca pelo Botafogo. Esteve presente em todos os 22 jogos disputados pelo alvinegro carioca e marcou três gols.
Passou quase um ano na Argentina, contratado que foi pelo Boca Juniors, de Buenos Aires.
Fez sua estréia no dia 16 de abril de 1933, com vitória de 3 x 1 sobre o Velez Sarsfield.
Menos de um ano depois, deixou a Argentina. Seu último jogo com a camisa do Boca Juniors foi em 19 de novembro do mesmo ano, na derrota de 3 x 1 para o River Plate.
Como curiosidade, duas semanas antes, 5 de novembro de 1933, Martim enfrentou o brasileiro Petronilho de Brito, que era jogador do San Lorenzo. O Boca Juniors perdeu de 2 x 0 e Petronilho de Brito marcou um dos gols.
Os cronistas argentinos o apelidaram de "La Fiera".
Regressou ao Botafogo e foi convocado para a Copa do Mundo de 1934.
Capitão da Seleção Brasileira, participou da partida (única) contra a Espanha, na Copa do Mundo de 1934. O time brasileiro perdeu por 3 x 1.
No dia 2 de dezembro de 1934, no estádio General Severiano, o Botafogo levantou o tricampeonato carioca ao vencer o Andaraí por 2 x 1. Neste jogo Martim fez sua reestréia no Botafogo.
Voltou a se sagrar campeão carioca em 1935, o quinto título do Botafogo no período de 1930 a 1935. O Botafogo utilizou nesses seis anos 69 jogadores. Martim foi um dos que mais jogou: esteve em 81 jogos.
Esteve com a seleção brasileira na Copa do Mundo de 1938, na França, como capitão da equipe e participou de três dos cinco jogos.
Também nesta Copa aconteceu sua despedida da Seleção Brasileira, em 16 de junho de 1938, na derrota de 2 x 1 para a Itália.
Foram 27 jogos pela Seleção Brasileira (seis oficiais): 17 vitórias, 5 empates e 5 derrotas.
Permaneceu no Botafogo até 1940. Seu último jogo com a camisa do Botafogo aconteceu em 15 de dezembro de 1940, na vitória de 2 x 1 sobre o América.
No início do ano de 1941, o Botafogo acertou uma excursão ao México. O veterano Martim não só não foi incluído na delegação, como não teve o seu contrato renovado.
Para a campanha do campeonato carioca de 1944, Martim Silveira foi contratado para técnico Martim Silveira. Revelara-se nessas novas funções no Canto do Rio.
Na metade do ano, gravemente enfermo, Martim Silveira deixou a direção do Botafogo. Foi então contratado Ítalo Fratezzi, o popular Bengala.
Logo nos primeiros dias de fevereiro de 1946, Bengala preferiu voltar para Belo Horizonte e Martim foi novamente chamado para treinar o Botafogo.
Ainda foi treinador do Botafogo nos anos de 1952 e 1953.
Faleceu no Rio de Janeiro (RJ), no dia 27 de maio de 1972.

sexta-feira, 28 de julho de 2023

MENSÁRIO BOTAFOGUENSE: ABRIL DE 1951


8 de abril de 1951
Com seu time reserva, o Botafogo estreou no Torneio Municipal de 1951, sendo goleado pelo Canto do Rio, por 4 x 1. O jogo foi realizado em Figueira de Melo, campo do São Cristóvão. O único gol do Botafogo foi marcado por Baduca. Formou o Botafogo com Arízio, Jorge Carlos e Floriano; Britto, Bob e Adão; Mangaratiba, Quissamã, César (Careca), Baduca (Abel) e Walter. Técnico: Carvalho Leite.

12 de abril de 1951
O presidente do Botafogo, Carlito Rocha, recebeu comunicação de Londres, confirmando a temporada que o Arsenal, da Inglaterra, faria ao Brasil. O responsável pela vinda do clube inglês era o Botafogo.

Sábado, 14 de abril de 1951
O Botafogo recuperou-se no Torneio Municipal ao derrotar o Madureira pelo placar de 3 x 0, com dois gols de Dino da Costa e um de Walter. O jogo foi disputado no estádio de Moça Bonita. O Botafogo foi formado por Matarazzo, Jorge Carlos e Floriano; Araty (Britto), Carlito (Adão) e Bob; Mangaratiba (Quissamã), Geraldo, Dino da Costa, Baduca e Walter. Técnico: Carvalho Leite.

Domingo, 15 de abril de 1951
Comemorando os dez anos de fundação da Companhia Siderúrgica Nacional - CSN, Botafogo e Fluminense, ambos com seus times principais, disputaram um amistoso no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, exclusivo para os operários dessa estatal.
O Botafogo venceu por 3 x 1, marcando Vinícius, duas vezes, e Zezinho. O Botafogo venceu com Oswaldo Baliza, Gerson dos Santos e Nilton Santos; Rubinho (Araty), Ávila e Juvenal (Richarde); Paraguaio (Jarbas), Geninho (Neca), Pirilo (Orlando Vinhas), Vinícius e Zezinho. Técnico: Carvalho Leite.
O Botafogo conquistou a Taça Companhia Siderúrgica Nacional.

21 de abril de 1951
Em seu terceiro jogo válido pelo Torneio Municipal, o Botafogo derrotou o Olaria, pelo placar de 2 x 1. Os dois gols foram marcados por Baduca. O jogo foi disputado no estádio de São Januário e o Botafogo foi defendido por Matarazzo, Haroldo e Floriano; Araty, Carlito (Adão) e Bob; Joel, Geraldo, Dino da Costa, Baduca e Walter (Mangaratiba). Técnico: Carvalho Leite.

23 de abril de 1951
A Confederação Brasileira de Desportos comunicou à Federação Metropolitana de Futebol que transferiu o jogador Sousa, do Botafogo, para o Guarani, de Campinas (SP), então clube do técnico Oto Vieira.

26 de abril de 1951
Encerrando suas atividades do mês de abril, o Botafogo voltou a jogar pelo Torneio Municipal. Nas Laranjeiras, empatou em 1 x 1 com o Flamengo. O gol botafoguense foi marcado por Jayme. O onze botafoguense foi assim formado: Matarazzo, Haroldo e Floriano (Adão); Araty, Carlito e Bob; Joel, Geraldo, Dino da Costa, Baduca e Walter (Jayme). Técnico: Carvalho Leite.

27 de abril de 1951
O jogador Ávila foi atropelado por um automóvel quando se dirigia para o treino no Botafogo. Depois de medicado, foi liberado para retornar à sua residência.

Fontes:
Jornal dos Sports
O Futebol do Botafogo 1951-1960.




quarta-feira, 26 de julho de 2023

DUAS REAÇÕES ESPETACULARES: março de 1958


Na última semana do mês de março de 1958 aconteceram duas reações que entraram para a história do Botafogo.

A primeira delas aconteceu no dia 23 de março de 1958, no Estádio Independência, em Belo Horizonte (MG).
Desenvolvendo um jogo magnífico, o Atlético Mineiro venceu o primeiro tempo por 4 x 0. Marcaram os gols: Tomazinho, aos 6; e Alvinho aos 34, 37 e 38.
Tão boa era sua atuação que todos esperavam por um aumento da goleada na fase final.
Mas o Botafogo retornou ao campo com maior disposição e conseguiu uma reviravolta impressionante no segundo tempo, marcando cinco tentos e alcançando uma vitória histórica.
Começou com Édson, aos 11, Garrincha, aos 27, Paulinho Valentim, aos 30, e duas vezes com Quarentinha, aos 36 e 42 minutos do segundo tempo.
O Atlético Mineiro comemorava seu cinqüentenário e este foi o presente dado pelo Botafogo!
As duas equipes jogaram assim:
BOTAFOGO: Adalberto, Beto e Thomé; Servílio, Pampolini e Nilton Santos; Garrincha (Neivaldo), Didi, Paulinho, Édson (Rossi) e Quarentinha. Técnico: João Saldanha.
ATLÉTICO MINEIRO: Mussula, Anísio e Benito; Hilton Chaves, Jair e Nilsinho; Márcio, Tomazinho, Paulinho, Alvinho e Dino. Técnico: Newton Anet.
O árbitro do jogo foi Gualter Gama de Castro.

Precisamente uma semana depois, aconteceu a segunda reação espetacular do Botafogo: no dia 30 de março de 1958, no Estádio Augusto Bauer, em Brusque (SC). O adversário foi o Carlos Renaux local, que era o vice-campeão estadual naquele ano.
O primeiro tempo terminou com o placar de 4 x 1 para o Carlos Renaux. Agenor, aos 18 minutos, fez 1 x 0. Julinho aumentou para 2 x 0 aos 21. Quarentinha, aos 25, diminuiu para o Botafogo. Teixeirinha aumentou para 3 x 1 aos 28. Servílio, contra, aumentou o prejuízo carioca: 4 x 1. No tempo final, aos treze minutos, os locais marcaram o quinto gol, através de Petruski. Aí, aconteceu o que ninguém esperava, a reação espetacular do Botafogo.
Édson, aos 20, Garrincha, aos 22, Neivaldo, aos 35 e Didi, aos 41 marcaram os tentos alvinegros, empatando o jogo em 5 x 5.
Assim jogaram as equipes:
CARLOS RENAUX: Mossimann, Baião e Ivo; Tesoura, Gordinho e Esnel; Julinho, Petruski, Júlio Camargo (Vicente), Teixeirinha e Agenor.
BOTAFOGO: Adalberto, Beto (Ronald), Domício e Nilton Santos (Ademar); Servílio e Pampolini; Garrincha, Didi, Paulinho Valentim (Rossi), Édson e Quarentinha (Neivaldo).
Foi árbitro da partida o carioca Antônio Viug.




segunda-feira, 24 de julho de 2023

BOTAFOGUENSES ANÔNIMOS: Alfredo Monti


Nascido no Uruguai, Alfredo Monti surgiu para o futebol brasileiro em 1918, depois de uma excursão do Dublin F. C., de seu país natal, ao Brasil, promovida pelo Botafogo. Monti era jogador do Montevideo Wanderers Fútbol Club, de Montevidéu, e foi convidado para acompanhar a delegação do Dublin até o Brasil, onde disputou sete amistosos.
No dia 17 de janeiro de 1918, o Dublin estreava contra o Botafogo, em General Severiano, vencendo o alvinegro carioca por 3 x 1. Assim jogaram as equipes: Botafogo - Cazuza, Americano e Osny; Pollice, Carlito Rocha e Pino; Carregal, Aluízio, Santinho, Luiz Menezes e Léo. Dublin - Magarinos, Monti e Urdinaran; Orizza, Conture e Vanzzino; Acuña, Carbone, Poncini, Gonzalez e Pensalfini.
Monti ainda enfrentaria outras seis equipes brasileiras: 20.01 – 1 x 1 Fluminense, 24.01 – 4 x 3 Seleção Carioca, 30.01 – 2 x 0 Combinado América/Flamengo, todos no Rio de Janeiro. Partiu para São Paulo e lá conheceu sua única derrota, em 3 de fevereiro, 1 x 0 diante da Seleção Paulista. Em sua despedida do Brasil, no dia 5 desse mesmo mês, vitória sobre o Santos, por 2 x 1.
Além desses jogos, o clube uruguaio realizou um amistoso contra a Seleção Brasileira, no dia 27 de janeiro, no campo do Botafogo, vencendo por 1 x 0.
Após grandes atuações, Monti e outro jogador uruguaio, Eduardo Beheregaray, foram convidados e aceitaram em se transferir para o futebol brasileiro, onde viriam a defender as cores do Botafogo.
No período em que Monti se preparava para estrear no Botafogo, surgiu uma questão nos jornais da época: antes de aceitos pela Liga podem os jogadores disputar jogos? Os estatutos e o código de futebol da entidade carioca, a Liga Metropolitana de Desportos Terrestres, prescreviam alguns requisitos rigorosos para que um jogador, que viesse do estrangeiro, obtivesse inscrição para um clube a ela filiado.
Fato é que sem se preocupar com esse impasse, o Botafogo fez estrear os dois uruguaios contra o Sport Club Juiz de Fora, no dia 26 de maio de 1918, vencendo o clube mineiro por 8 x 0. Nessa ocasião formou com Cazuza, Americano e Osny; Edgard Dutra, Monti e Pollice; Beheregaray, Petiot, Santinho, Luiz Menezes e Vadinho.
Após o Botafogo ter recorrido até por meio do Senador Azeredo e do benemérito Souza Ribeiro à intervenção diplomática junto ao Sr. Balthazar Brum, presidente do Uruguai, finalmente os passes de Monti e Beheregaray chegaram ao Brasil.
Em 14 de junho de 1918 a CBD – Confederação Brasileira de Desportos recebeu telegrama da Associación Uruguaya de Fútbol comunicando ter a mesma concedido os passes dos dois jogadores.
Poucos dias depois, o Botafogo tentou escalar os dois uruguaios no jogo de 23 de junho de 1918, pelo Campeonato Carioca.
Mas eles acabaram não podendo atuar, porque a CBD comunicou à Liga Metropolitana a chegada dos passes “sob condições” e aconselhou a não tomar nenhuma decisão sobre o caso sem que viessem novas informações.
Duas semanas depois, finalmente Monti pôde estrear de forma oficial no Botafogo, no dia 14 de julho de 1918, no empate de 0 x 0 com o Fluminense, em General Severiano, formando com Cazuza, Americano e Osny; Pollice, Carlito Rocha e Monti; Petiot, Beheregaray, Santinho, Luiz Menezes e Vadinho.
No ano de 1918 Monti disputou mais onze jogos pelo Campeonato Carioca, competição que só seria encerrada no começo de 1919, com o Botafogo terminando na segunda colocação.
Marcou seu único gol na passagem pelo Botafogo no dia 29 de setembro de 1918, em General Severiano, na derrota de 2 x 1 para o Fluminense, válido pelo campeonato carioca.
No dia 12 de outubro de 1918, em São Paulo (SP), Monti disputou pela primeira vez um jogo com a camisa da Seleção Carioca, que foi derrotada pelo selecionado paulista, por 5 x 0. A seleção carioca formou com Carnaval, Monti e Martins; Pollice, Osvaldo e Rodrigo; Etchegaray, Menezes, Welfare, Arlindo e Nelson.
Ainda assim, o Correio da Manhã destacou em sua edição posterior ao jogo: “No quadro carioca somente se notou a perfeita atuação de Monti, Pollice e Carnaval, os únicos de todo o conjunto do Rio de Janeiro que se revelaram dignos da posição que lhes deram a defender”.
Desse dia em diante, Monti passou a ter lugar quase cativo no selecionado carioca, quando não atuando, fazendo parte dos convocados.
Logo no começo de 1919, Monti seguiu com a delegação do Botafogo para a disputa de sete amistosos nos Estados de Pernambuco e Bahia. Foi titular em todos eles.
No dia 23 de março de 1919, um fato curioso: convidado pela equipe do S. C. Rio de Janeiro, Monti participou do Torneio Início da Segunda Divisão da Liga Metropolitana, realizado no campo do Botafogo. Como o clube foi eliminado logo no segundo jogo, pelo campeão Palmeiras Athletico Club, Monti acabou trabalhando como árbitro no jogo que decidiu o torneio, entre Progresso F. C. x Palmeiras,
Quando o Uruguai veio ao Rio de Janeiro disputar o Campeonato Sul-Americano (de 11 a 29 de maio de 1919), em seu primeiro treino realizado no Brasil, no dia 4 de maio, Monti e outros jogadores do Botafogo ajudaram a completar o time reserva do Uruguai.
Nos campeonatos cariocas de 1919 e 1920, Monti esteve presente em todos os jogos disputados pelo Botafogo, mas isso não foi suficiente para a conquista do título de campeão. O Botafogo foi terceiro colocado em 1919 e quarto em 1920.
No dia 5 de junho de 1921, em General Severiano, Monti disputou sua última partida com a camisa do Botafogo. Em jogo válido pelo Campeonato Carioca, Botafogo e Flamengo empataram em 2 x 2. Formou o Botafogo com Haroldo, Palamone e Monti; Pollice, Alfredinho e Franco; Leite de Castro, Riva, Vadinho, Petiot e Sousa.
Ao todo, Monti disputou 66 jogos pelo Botafogo, marcando um gol.
Em 1922 chegou a ser inscrito como jogador da A. A. das Palmeiras, de São Paulo. Também treinou no dia 10 de maio de 1922 num combinado paulista que enfrentaria um combinado paranaense, mas o clube retirou o pedido de inscrição que fizera em virtude do incidente anteriormente ocorrido com ele no Rio de Janeiro (quando chegou a ser preso, acusado de explorador de meretrizes).
Já com a saúde bastante debilitada, Monti transferiu-se para a Bahia, onde foi jogar no alvinegro Clube Bahiano de Tennis, de Salvador. Ajudou o clube a ficar com o vice-campeonato estadual, por coincidência, atrás do campeão Botafogo (que, ao contrário do seu homônimo carioca, é vermelho e branco). Na última partida disputada por Monti no Bahiano de Tennis, em 12 de novembro de 1922, a equipe formou com Zinho, Agostinho e Monti; Parrudo, Varella (uruguaio) e Tournillon; Carlinhos, Costa, Antoninho, Arlindo e Dória.
Um telegrama da Bahia divulgou a triste notícia de que, no dia 21 de fevereiro de 1923, em Salvador, Monti havia falecido, completando em seu texto que a causa da morte havia sido uma “terrível moléstia adquirida há dois anos”.
Complementando a informação dizia que ao fim do campeonato de 1922, a diretoria do clube enviou-o para o interior do Estado, para fazer uma estação de saúde.
Não valeram, porém, os cuidados médicos, nem o clima do ameno do sertão baiano. Voltou à capital em estado desesperador, sendo recolhido ao hospital Santa Isabel, onde veio a falecer.


sábado, 22 de julho de 2023

O BOTAFOGO DE TODOS OS TEMPOS


As tentativas de estabelecer uma relação dos maiores jogadores de futebol de todos os tempos - a que se têm entregue inúmeros teóricos do esporte - trazem, sempre, resultados discutíveis, aceitos por uns e rejeitados por outros. Isso se deve, em grande parte, ao fato de os critérios de avaliação adotados por aqueles teóricos se apoiarem, muitas vezes, em dados subjetivos: o gosto pessoal, a experiência, o modo de analisar jogos e jogadores, o próprio temperamento de quem está julgando. Tais dados, somados ao entusiasmo ou mesmo paixão que o futebol habitualmente desperta, não apenas no torcedor comum, mas também no observador neutro, tornam qualquer relação questionável, sendo seu valor, por isso, relativo.
O desempenho de um jogador em determinada partida, no curso de um campeonato e, sobretudo, ao longo de sua carreira, não é matematicamente mensurável. Nele, não existe o recorde, o número absoluto que permite comparações de performances registradas em épocas e lugares diversos. Mesmo quando os critérios de avaliação se baseiam em dados objetivos, de ordem técnica, tática ou estratégica, uma seleção dos "maiores jogadores de futebol de todos os tempos" será sempre polêmica, o melhor para um crítico não o sendo para outro; do mesmo modo, em todos os países, quando se forma uma seleção nacional, raramente se consegue para ela aprovação unânime, de um lado o selecionador indicando os seus 22 melhores, do outro a imprensa e a opinião pública discordando da escolha deste ou da omissão daquele jogador.
A seção O BOTAFOGO DE TODOS OS TEMPOS pretende, apenas, incluir alguns dos jogadores em torno de cuja importância histórica sempre houve certa unanimidade por parte da crítica nacional. Por sua técnica, feitos, fama e inovações introduzidas na prática do jogo, todos eles podem situar-se entre os melhores em suas posições, em todos os tempos.

O BOTAFOGO DE TODOS OS TEMPOS

Iniciamos essa seção com uma pesquisa realizada pela revista Placar, no ano de 1982.
Em seu número 652, de 19.11.1982, foram computados 30 votos, dentre os quais dez jornalistas (Armando Nogueira, Oldemário Touguinhó, Luís Mendes, João Saldanha, Luís Carlos Melo, Sandro Moreyra, Geraldo Romualdo da Silva, Haroldo Habib, Waldir Amaral e Luís Roberto Porto), cinco torcedores ilustres (Osvaldo Sargentelli, Agnaldo Timóteo, Régis Cardoso, Otávio Pinto Guimarães e Jerônimo Bastos), três ex-jogadores (Nilton Santos, Emmanuel Viveiros de Castro-Maninho e Paraguaio) e sete dirigentes/membros da comissão técnica (Juca Mello Machado, Althemar Dutra de Castilho, Charles Borer, Xisto Toniato, Lídio Toledo, Paulo Amaral e Édson Bentes). Além deles, cinco torcedores desconhecidos.
Assim ficou a quantidade de votos de cada jogador em suas posições (utilizando o clássico sistema 4-3-3):

GOLEIRO
Manga, 24 votos
Vítor, 5
Osvaldo Baliza, 1.

LATERAL-DIREITO
Carlos Alberto Torres, 21
Zezé Procópio, 5
Rubinho, 1
Zezé Moreira, 1
Perivaldo, 1
Pamplona, 1.

ZAGUEIRO-CENTRAL
Basso, 13
Brito, 8
Leônidas, 5
Gerson dos Santos, 3
Couto, 1.

QUARTO-ZAGUEIRO
Leônidas, 13
Nilton Santos, 11
Nariz, 3
Alemão, Brito e Gerson dos Santos, 1.

LATERAL-ESQUERDO
Nilton Santos, 19
Marinho Chagas, 4
Canalli e Rildo, 3
Juvenal, 1.

MÉDIO-VOLANTE
Didi, 20
Martim Silveira, 4
Ávila, 2
Afonsinho, Juvenal, Pampolini e Nei Conceição, 1.

MEIA-DIREITA
Gerson, 19
Didi, 9
Geninho e Nilo, 1.

MEIA-ESQUERDA
Zagalo, 9
Gerson, 8
Geninho, 4
Nilo, 3
Quarentinha e Heleno de Freitas, 2
Amarildo e Paulo Tovar, 1.

PONTEIRO-DIREITO
Garrincha, 30 (único jogador que foi unanimidade!)

CENTRO-AVANTE
Heleno de Freitas, 16
Jairzinho, 4
Roberto Miranda, 3
Leônidas da Silva e Carvalho Leite, 2
Quarentinha, Paulinho Valentim e Pirilo, 1.

PONTEIRO-ESQUERDO
Patesko, 9
Amarildo, 8
Jairzinho, 6
Braguinha e Zagalo, 2
Roberto Miranda, Mimi Sodré e Quarentinha, 1.

Obs.:
Na ponta-esquerda, a revista resolveu somar os pontos obtidos nas demais posições do ataque e Jairzinho saiu vencedor, com 10 votos, contra 9 de Patesko e Amarildo.



quinta-feira, 20 de julho de 2023

MENSÁRIO BOTAFOGUENSE: março de 1951


01
Por via aérea regressou a delegação do Botafogo, que acabou de realizar uma excursão ao Chile. O regresso da equipe alvinegra foi antecipado em virtude do cancelamento do jogo que disputaria no Paraguai, como parte do pagamento do passe do extrema-direita Paraguaio.
Dos integrantes da delegação, apenas Paraguaio e Basso não regressaram. O primeiro estava em Assunção, em gozo de férias, e o segundo encontrava-se em Buenos Aires. Segundo informações colhidas, a volta do renomado zagueiro era problemática, pois Basso pensava em ingressar num clube de seu país.

Dino
06
A Federação Metropolitana de Futebol encaminhou à Confederação Brasileira de Desportos a relação de seus jogadores amadores inscritos para o Campeonato Brasileiro da Juventude, dentre eles os botafoguenses Haroldo e Tomé, zagueiros, Joel (extrema-direita), Dino (centro-avante), Abel (meia-esquerda) e Valter (ponteiro esquerdo).

Também nesse dia, o Botafogo contratou o ponteiro Jarbas, que pertencia ao Olaria.

31
Às primeiras horas da tarde seguiram para São Lourenço (MG) os jogadores do Botafogo que deveriam repousar nessa estância hidromineral durante vinte dias.
A delegação viajou integrada por 22 jogadores, sendo o seu total de 25 pessoas.
Após o regresso, os botafoguenses farão intensos preparativos para a temporada do Arsenal, da Inglaterra, uma vez que contará a direção técnica com todos os jogadores recuperados fisicamente.
No Torneio Municipal, no qual estreará no dia 8 de abril, o alvinegro será representado por uma equipe de aspirantes que será preparada pelo técnico Newton Cardoso.

Fontes:
Correio da Manhã
Jornal dos Sports





quarta-feira, 19 de julho de 2023

O BOTAFOGO NO CAMPEONATO CARIOCA DE 1949



1º TURNO

03.07.1949

BOTAFOGO 4 x 0 OLARIA
Local: General Severiano
Juiz: Bill Martin
Renda: Cr$ 39.472,00
Gols: Braguinha (2), Otávio e Pirilo.
BOTAFOGO: Osvaldo Baliza, Gerson dos Santos e Nilton Santos; Rubinho, Ávila e Juvenal; Paraguaio, Geninho, Pirilo, Otávio e Braguinha.
OLARIA: Zezinho, Osvaldo e Haroldo; Olavo, Moacir e Ananias; Adelmo, J. Alves, Maxwell, Mical e Esquerdinha.

17.07.1949

BOTAFOGO 4 x 0 BONSUCESSO
Local: General Severiano
Juiz: Bill Martin
Renda: Cr$ 45.481,00
Gols: César (2) e Braguinha (2).
BOTAFOGO: Ary, Gerson dos Santos e Nilton Santos; Rubinho, Ávila e Juvenal; Paraguaio, Geninho, César, Otávio e Braguinha.
BONSUCESSO: Alvarez, Borracha e Amauri; Cambuí, Vitor e Gato; Cidinho, Roberto, Wilson, Cola e Toto.

24.07.1949

AMÉRICA 0 x 4 BOTAFOGO
Local: Laranjeiras
Juiz: Gillis McPherson Dundas
Renda: Cr$ 163.052,00
Gols: Otávio (2), César e Braguinha.
AMÉRICA: Osni, Ivan e Mundinho; Hilton, Osvaldinho e Gamba; Heitor, Maneco, Dimas, Ranulfo e Jorginho.
BOTAFOGO: Osvaldo Baliza, Gerson dos Santos e Nilton Santos; Rubinho, Ávila e Juvenal; Paraguaio, Geninho, César, Otávio e Braguinha.

07.08.1949

CANTO DO RIO 1 x 3 BOTAFOGO
Local: Caio Martins
Juiz: Stanley Roberts
Renda: Cr$ Cr$ 60.721,00
Gols: Raimundo; Pirilo (2) e Octávio.
CANTO DO RIO: Itim, Alcides e Manoelzinho; Berascochéa, Edésio e Serafim; Valdemar, Carango, Raimundo, Jorge e Hélio.
BOTAFOGO: Oswaldo Baliza, Gerson dos Santos e Nilton Santos; Rubinho, Ávila e Juvenal; Paraguaio, Geninho, Pirilo, Otávio e Braguinha.

14.08.1949

BOTAFOGO 1 x 0 BANGU
Local: General Severiano
Juiz: Frederick James Lowe
Renda: Cr$ 124.131,00
Gol: Octávio.
BOTAFOGO: Osvaldo Baliza, Gerson dos Santos e Nilton Santos; Rubinho, Ávila e Juvenal; Paraguaio, Geninho, Pirilo, Octávio e Braguinha.
BANGU: Mão de Onça, Rafanelli e Irani; Gualter, Mirim e Pinguela; Menezes, Djalma, Moacir Bueno, Ismael e Cardoso. Técnico: Aymoré Moreira.

21.08.1949

MADUREIRA 1 x 1 BOTAFOGO
Local: Conselheiro Galvão
Juiz: Bill Martin
Renda: Cr$ 90.860,00
Gols: Rubinho; Ávila.
MADUREIRA: Milton, Weber e Godofredo; Arati, Hermínio e Mineiro; Betinho, Rubinho, Benedito, Jorge e Panzarielo.
BOTAFOGO: Osvaldo Baliza, Gerson dos Santos e Nilton Santos; Rubinho, Ávila e Juvenal; Paraguaio, Geninho, Pirilo, Octávio e Demósthenes.

28.08.1949

BOTAFOGO 0 x 1 FLUMINENSE
Local: General Severiano
Juiz: Alberto da Gama Malcher
Renda: Cr$ Cr$ 285.760,00
Gol: Santo Cristo.
BOTAFOGO: Osvaldo Baliza, Gerson dos Santos e Jair; Rubinho, Ávila e Juvenal; Paraguaio, Souza, César, Hamilton e Jaime.
FLUMINENSE: Castilho, Píndaro e Pinheiro; Índio, Pé de Valsa e Bigode; Santo Cristo, Didi, Carlyle, Orlando e Rodrigues.

04.09.1949

FLAMENGO 1 x 2 BOTAFOGO
Local: Gávea
Juiz: Alberto da Gama Malcher
Renda: Cr$ 297.956,00
Gols: Lero; César e Octávio.
FLAMENGO: Garcia, Juvenal e Job; Biguá, Bria e Valter; Jorge de Castro, Zizinho, Gringo, Lero e Barros.
BOTAFOGO: Osvaldo Baliza, Gerson dos Santos e Nilton Santos; Rubinho, Ávila e Juvenal; Paraguaio, Souza, César, Octávio e Jaime.

11.09.1949

SÃO CRISTÓVÃO 2 x 2 BOTAFOGO
Local: Figueira de Melo
Juiz: Bill Martin
Renda: Cr$ 92.910,00
Gols: Torbis e Lino; Souza e Octávio.
SÃO CRISTÓVÃO: Marujo, Doutor e Torbis; Olavo, Geraldo e Arnaldo; Lino II, Wilton, Buarque, Rato e Magalhães.
BOTAFOGO: Osvaldo Baliza, Gerson dos Santos e Nilton Santos; Rubinho, Ávila e Richard; Paraguaio, Souza, César, Octávio e Jaime.

18.09.1949

BOTAFOGO 2 x 2 VASCO DA GAMA
Local: General Severiano
Juiz: Mário Vianna
Renda: Cr$ 321.430,00
Gols: Jaime (2); Ademir Menezes e Gerson dos Santos (contra).
BOTAFOGO: Osvaldo Baliza, Gerson dos Santos e Nilton Santos; Rubinho, Ávila e Juvenal; Paraguaio, Geninho, César, Jaime e Reinaldo.
VASCO DA GAMA: Barbosa, Augusto e Laerte; Eli, Danilo e Alfredo; Nestor, Maneca, Ademir Menezes, Ipojucan e Mário.

2º TURNO

25.09.1949

OLARIA 3 x 1 BOTAFOGO
Local: Rua Bariri
Juiz: Frederich James Lowe
Renda: Cr$ 68.776,00
Gols: Sorriso (2) e Jair; Paraguaio.
OLARIA: Zezinho, Osvaldo e Haroldo; Olavo, Moacir e Ananias; Jarbas, Alcino, Sorriso, Jair e Esquerdinha.
BOTAFOGO: Osvaldo Baliza, Gerson dos Santos e Nilton Santos; Rubinho, Ávila e Juvenal; Paraguaio, Geninho, César, Jaime e Braguinha.

09.10.1949

BONSUCESSO 0 x 2 BOTAFOGO
Local: Teixeira de Castro
Juiz: Mário Vianna
Renda: Cr$ 31.216,00
Gols: Braguinha e Baiano.
BONSUCESSO: Alvarez, Borracha e Amauri; Cambuí, Agostinho e Gato; Daniel, Cidinho, Wilson, Osvaldinho e Toto.
BOTAFOGO: Ary, Gerson dos Santos e Nilton Santos; Rubinho, Ávila e Richard; Paraguaio, Geninho, Baiano, Jaime e Braguinha.

16.10.1949

BOTAFOGO 3 x 0 AMÉRICA
Local: General Severiano
Juiz: Gillis McPherson Dundas
Renda: Cr$ 57.616,00
Gols: Jaime, Braguinha e Joel (contra).
BOTAFOGO: Ary, Gerson dos Santos e Nilton Santos; Rubinho, Ávila e Juvenal; Zezinho, Geninho, Hamilton, Jaime e Braguinha.
AMÉRICA: Vicente, Ivan e Joel; Hilton Viana, Geraldinho e Gamba; Heitor, Maneco, Dimas, Carlinhos e Jorginho.

30.10.1949

BOTAFOGO 7 x 1 CANTO DO RIO
Local: General Severiano
Juiz: Frederick James Lowe
Renda: Cr$ 22.139,00
Gols: Pirilo (2), Zezinho (2), Geninho, Octávio e Braguinha; Hélio.
BOTAFOGO: Ary, Gerson dos Santos e Nilton Santos; Rubinho, Ávila e Juvenal; Zezinho, Geninho, Pirilo, Octávio e Braguinha.
CANTO DO RIO: Pernambuco, Alcides e Manoelzinho; Carango, Edésio e Canelinha; Geraldino, Valdemar, Raimundo, Ariosto e Hélio.

06.11.1949

BANGU 1 x 1 BOTAFOGO
Local: Moça Bonita
Juiz: Alberto da Gama Malcher
Renda: Cr$
Gols: Joel; Braguinha.
BANGU: Luiz Borracha, Sula e Rafanelli; Gualter, Elói e Pinguela; Djalma, Moacir Bueno, Joel, Moacir De Paula e Zezinho. Técnico: Aymoré Moreira.
BOTAFOGO: Ary, Gerson dos Santos e Nilton Santos; Rubinho, Ávila e Juvenal; Zezinho, Geninho, Jaime, Octávio e Braguinha.

13.11.1949

BOTAFOGO 5 x 2 MADUREIRA
Local: General Severiano
Juiz:
Renda: Cr$
Gols: Geninho (2), Pirilo (2) e Braguinha
BOTAFOGO: Ary, Gerson dos Santos e Nilton Santos; Rubinho, Ávila e Juvenal; Paraguaio, Geninho, Pirilo, Octávio e Braguinha.
MADUREIRA: Milton, Weber e Godofredo; Arati, Hermínio e Mineiro; Osvaldinho, Damasceno, Moacir, Benedito e Tampinha.

20.11.1949

FLUMINENSE 2 x 1 BOTAFOGO
Local: Laranjeiras
Juiz: Stanley Roberts
Renda: Cr$ 137.864,00
Gols: Santo Cristo e Pé de Valsa; Octávio.
FLUMINENSE: Castilho, Píndaro e Pinheiro; Índio, Pé de Valsa e Mário; Santo Cristo, Didi, Carlyle, Orlando e Rodrigues.
BOTAFOGO: Ary, Gerson dos Santos e Nilton Santos; Rubinho, Ávila e Juvenal; Paraguaio, Geninho, Pirilo, Octávio e Braguinha.

27.11.1949

BOTAFOGO 1 x 2 FLAMENGO
Local: General Severiano
Juiz: Gillis McPherson Dundas
Renda: Cr$ 160.362,00
Gols: Zezinho; Durval e Bodinho.
BOTAFOGO: Salvador, Gerson dos Santos e Marinho; Rubinho, Ávila e Juvenal; Paraguaio, Geninho, Zezinho, Octávio e Braguinha.
FLAMENGO: Garcia, Juvenal e Nilton; Biguá, Bria e Valter; Bodinho, Zizinho, Durval, Beto e Esquerdinha.

04.12.1949

BOTAFOGO 2 x 0 SÃO CRISTÓVÃO
Local: General Severiano
Juiz: Mário Vianna
Renda: Cr$ 15.344,00
Gols: Octávio (2)
BOTAFOGO: Ary, Gerson dos Santos e Marinho; Rubinho, Ávila e Juvenal; Paraguaio, Geninho, Octávio, Jaime e Braguinha.
SÃO CRISTÓVÃO: Marujo, Valdir e Torbis; Rato, Geraldo e Olavo; Hilton, Mendonça, Alcidésio, Nilo e Paulinho.

11.12.1949

VASCO DA GAMA 2 x 1 BOTAFOGO
Local: São Januário
Juiz: Mário Vianna
Renda: Cr$ Cr$ 255.451,00
Gols: Ademir Menezes (2); Zezinho.
VASCO DA GAMA: Barbosa, Augusto e Wilson; Eli, Danilo e Alfredo; Ademir Menezes, Maneca, Heleno de Freitas, Ipojucan e Chico.
BOTAFOGO: Ary, Gerson dos Santos e Marinho; Rubinho, Ávila e Juvenal; Zezinho, Geninho, Octávio, Jaime e Braguinha.

segunda-feira, 17 de julho de 2023

CRAQUES ALVINEGROS: Canalli


Na virada do século 19 para o 20, Affonso Canalli, que era de Milão, e Lucinda Demarchi, natural de Verona, deixaram a Itália para tentar a vida no Brasil. Aqui se casaram e construíram uma família de cinco filhos. Um deles, Heitor Canalli, nasceu em Juiz de Fora (MG), no dia 31 de março de 1910.
Com um mês Canalli deixou Juiz de Fora e foi para Petrópolis, onde sua família se estabeleceu e foi pioneira na fabricação, no Brasil, de móveis de vime.
Mas a tradicional Fábrica de Móveis Canalli não encantava o garoto Heitor, que brilhava era nos campos, primeiro defendendo o Internacional (onde foi campeão da cidade em 1927) e depois o Petropolitano. Sua fama em Petrópolis logo chamou a atenção do Botafogo, do Rio, que subiu a serra para buscar um dos jogadores que mais orgulho sentiram em vestir a camisa alvinegra.
No dia 14 de setembro de 1929, na preliminar de Seleção Carioca 3 x 1 Bologna, da Itália, o Botafogo derrotou um combinado de jogadores da AMEA por 4 x 2, estreando quatro jovens que defendiam as cores do Petropolitano e ainda não tinham o passe e que nos anos seguintes, tornar-se-iam famosos no clube: os irmãos Fernando e Carlos Carvalho Leite, Canalli e Ariel Nogueira.
Em outubro desse ano, viajou com o time do Botafogo para dois amistosos em Vitória (ES).
Em 1930, disputou nove jogos do campeonato carioca dos segundos quadros e quatro pelo primeiro time. Sua estréia oficial e no time titular do Botafogo aconteceu em 9 de novembro de 1930, em jogo válido pelo Campeonato Carioca daquele ano, jogo em que o Botafogo venceu o São Cristóvão, por 3 x 2.
O Botafogo levantou brilhantemente o título de campeão carioca em 1930.
No ano seguinte, 1931, firmou-se como titular do Botafogo, disputando 18 dos 20 jogos que o clube realizou pelo campeonato carioca dos primeiros quadros.
Voltou a ser campeão carioca pelo Botafogo em 1932, quando disputou todos os 22 jogos realizados pelo clube. Nesse mesmo ano, integrou o selecionado brasileiro em dezessete ocasiões, sendo cinco oficiais, a primeira em 4 de dezembro de 1932, na vitória de 2 x 1 sobre o Uruguai, quando colaborou para a conquista da Copa Rio Branco.
No mês de abril de 1933, acompanhou (emprestado) o Flamengo em excursão ao Uruguai e Argentina, tendo disputado quatro jogos nos dias 2, 9, 13 e 15. Além desses amistosos, disputou outro no dia 12 de março, quando o Flamengo foi derrotado pelo São Cristóvão.
De volta ao Botafogo, disputou 9 jogos pelo campeonato carioca dos primeiros quadros, sendo o último em 23 de julho de 1933, na Rua Bariri, onde o Botafogo venceu o Olaria por 3 x 1.
Antes de sagrar-se bicampeão carioca, foi contratado pelo Torino, para disputar o Campeonato Italiano da Série A. Sua estréia aconteceu no dia 10.09.1933, com derrota para o Padova, por 1 x 0. Foi uma passagem rápida pelo clube italiano (9 jogos, nenhum gol). Deixou o clube com medo de ser convocado para o exército italiano, que lutava na Guerra da Abissínia.
De volta ao Brasil, chegou a ser contratado pelo América mas, atendendo a um pedido do Botafogo, aqui fez sua reestréia no dia 18 de março de 1934, num jogo-treino contra o Andaraí (vitória de 4 x 1). Não participou da campanha pelo tricampeonato carioca. Vivia-se o período de transição do amadorismo para o profissionalismo.
Havia duas entidades, a Confederação Brasileira de Desportos (CBD), que era filiada à FIFA e defendia o amadorismo, e a Federação Brasileira de Futebol (FBF), que foi fundada com o profissionalismo. Como o Botafogo era o único grande clube filiado à CBD, foi a base da Seleção na Copa da Itália. Na Copa de 1934, o Botafogo foi a base da Seleção Brasileira. Assim, Canalli tornou-se o primeiro mineiro a participar de uma Copa do Mundo.
Nesse ano, Canalli disputou 18 jogos pela Seleção Brasileira, sendo 17 contra clubes e seleções estaduais.
Em 1935, de volta ao Botafogo, disputou 20 dos 22 jogos válidos pelo campeonato carioca, ajudando o clube a conquistar o quarto título consecutivo.
Nesse período de seis anos, de 1930 a 1935, quando foram conquistados cinco títulos cariocas, o Botafogo utilizou 69 jogadores. Canalli foi o quarto jogador a disputar mais jogos (73).
Nesse mesmo ano, também consagrou-se como campeão brasileiro jogando pela Seleção Carioca.
No começo de 1936, viajou com o Botafogo para a primeira excursão que o clube fez ao exterior. Foram nove jogos no México e Estados Unidos. No campeonato carioca daquele ano disputou 10 dos 12 jogos pelo Botafogo.
Sua última participação na Seleção Brasileira aconteceu em 3 de janeiro de 1937, na vitória de 6 x 4 sobre o Chile, marcando um dos gols.
No campeonato carioca do mesmo ano, Canalli disputou 21 do total de 22 jogos. Além desses, disputou mais 6 jogos pelo campeonato da Federação Metropolitana de Desportos (F.M.D.). Esse campeonato não terminou devido à pacificação entre as Ligas: a pirata Liga Carioca de Futebol e a oficial Federação Metropolitana de Desportos, filiada a CBD.
Em 1938, disputou todos os jogos oficiais em que o Botafogo tomou parte. Foram 16 pelo Torneio Municipal e mais 16 pelo campeonato carioca. Marcou um gol no Torneio Municipal. Ainda em 1938, sagrou-se novamente campeão brasileiro jogando pela Seleção Carioca.
No campeonato carioca de 1939, no qual o Botafogo ficou em segundo lugar, Canalli tomou parte de 23 dos 24 jogos disputados pelo clube.
O Botafogo ficou em quarto lugar no campeonato carioca de 1940. Canalli disputou 13 dos 24 jogos e marcou dois gols.
Seu último jogo com a camisa do Botafogo aconteceu em 1º de dezembro de 1940, nas Laranjeiras, com derrota para o Fluminense, por 3 x 1.
No ano seguinte, transferiu-se para o Canto do Rio Futebol Clube, de Niterói, onde encerrou sua carreira.
Não tentou a carreira de treinador.
Faleceu em Petrópolis (RJ), no dia 21 de julho de 1990.

Fontes:
O Futebol no Botafogo (1904-1950), de Alceu Mendes de Oliveira Castro
Jornal Hoje em Dia

Registro
O vigor e a disposição de Canalli encantavam torcedores e jornalistas da época. Assim, mesmo que não houvesse a briga entre Confederação Brasileira e os clubes de São Paulo, qualquer seleção séria que se montasse no País obrigatoriamente deveria ter seu nome.



domingo, 16 de julho de 2023

O BOTAFOGO NA INAUGURAÇÃO DAS ARQUIBANCADAS DE CIMENTO DO ESTÁDIO DE TEIXEIRA DE CASTRO


Uma rodada dupla fez parte da programação de inauguração das arquibancadas de cimento do estádio do Bonsucesso, na rua Teixeira de Castro, no bairro de Bonsucesso, no dia 29 de junho de 1947. O campo já existia há muito tempo, mas com arquibancadas de madeira.
Na preliminar, disputada pelos quadros do anfitrião Bonsucesso e do Madureira, o time da casa venceu por 3 x 2.
Para o jogo principal, o Bonsucesso convidou as equipes do Botafogo e do Fluminense.
Os dois tradicionais rivais proporcionaram ao numeroso público que compareceu ao campo do Bonsucesso um jogo deveras interessante e que prendeu a atenção desde o começo até o final.
O quadro botafoguense, na realidade, jogou mais que o Fluminense, mas este, quando viu se aproximar uma derrota que ameaçava se tornar feia, soube reagir com ímpeto para igualar a contagem bem no final do jogo, quando a vitória do Botafogo parecia inevitável.
O primeiro tempo terminou com a contagem de 2 x 1 para o Botafogo, com gols feitos por Octávio, Geninho e Osvaldinho.
Na segunda fase, os botafoguenses agindo melhor e fazendo maior pressão chegaram a estar vencendo por 5 x 3, quando se deu a reação do Fluminense para se verificar o empate ao final do jogo (5 x 5).
Foram autores desses gols Ponce de León, Careca (de pênalti), Santo Cristo, Marinho (contra), Octávio, Osvaldinho e Juvenal.
O árbitro foi o Sr. Geraldo Fernandes, da Federação Mineira de Futebol, que foi fraco embora demonstrando imparcialidade. Marcou dois pênaltis bem duvidosos, um para cada lado: o primeiro, a favor do Fluminense, que Careca transformou no terceiro gol, e o segundo a favor do Botafogo, que Santo Cristo arrematou para fora.
Os dois quadros atuaram assim:
BOTAFOGO: Osvaldo Baliza, Marinho e Sarno; Ivan, Cid e Juvenal; Ponce de León, Octávio, Osvaldinho, Geninho e Santo Cristo (Braguinha).
FLUMINENSE: Darci, Gualter e Hélvio; Paschoal, Telesca e Bigode (Ismael); Pinhegas, Ademir Menezes (Juvenal), Simões (Rubinho), Careca e Rodrigues (Osvaldinho).


sábado, 15 de julho de 2023

BOTAFOGUENSES ANÔNIMOS: Iroldo


Iroldo de Oliveira Rodrigues começou nas peladas de rua de Fortaleza (CE), onde nasceu no dia 24 de abril de 1942.
Transferiu-se para Recife (PE), onde passou a defender as cores do Sport, sagrando-se vice-campeão da categoria de juvenis em 1959, depois de uma melhor-de-três contra o Santa Cruz (na primeira partida, em 23 de agosto de 1959, Iroldo marcou o gol da vitória de 1 x 0; depois, o Santa Cruz venceu as outras duas partidas).
Curiosidade: no time do Sport Recife atuava o lateral-esquerdo Rildo, que depois também iria jogar no Botafogo.
No dia 12 de setembro de 1959, Iroldo viajou para o Rio de Janeiro, onde apresentou-se ao Botafogo.
Já em março do ano seguinte, Iroldo integrava a delegação de juvenis do Botafogo em uma excursão para cinco cidades do Mato Grosso (Rildo também já fazia parte do grupo).
Quando o grande Carlos Alberto Torres surgiu nos juvenis do Fluminense, ele deu a seguinte declaração para a Revista do Esporte: “De todos os extremas juvenis, o melhor, na minha opinião, é o Iroldo, do Botafogo”.

O Botafogo sagrou-se vice-campeão carioca de juvenis de 1960, com esta escalação na final contra o Flamengo: Luís Cláudio (Amauri), Rubinho, Zé Carlos e Rildo; Luís Carlos e Silas; Roberto (Sidney), Arlindo, Dimas, Dedé e Iroldo.
No ano seguinte, 1961, na categoria de Aspirantes (reservas) o Botafogo conquistou a Taça “Antônio Gomes de Avellar”, realizada de 3 de agosto a 24 de setembro de 1961, com Iroldo marcando os dois gols da vitória de 2 x 1 sobre o Fluminense, na decisão do torneio.
No primeiro semestre de 1962, Iroldo foi campeão carioca de juvenis pelo Botafogo, quando disputou todos os jogos da campanha e marcou sete gols. O time que disputou a última partida do campeonato, em 9 de junho de 1962, foi Florisvaldo, Mura, Zé Carlos, Admilton e Santos; Luís Carlos Theodoro e Arlindo; Iroldo, Dedé, Roberto Miranda e Othon Valentim. Técnico: Egídio Landolfi (Paraguaio).
Logo depois, Iroldo foi um dos 23 jogadores convocados para disputar o II Campeonato Brasileiro de Seleções Amadoras, competição vencida pela seleção carioca. Detalhe: dos 23 jogadores, 14 eram do Botafogo.
Na equipe principal, Iroldo estreou no dia 10 de janeiro de 1962, no estádio Nacional de Santiago, num torneio amistoso realizado no Chile, com vitória de 4 x 1 sobre o Ferencvaros, da Hungria. Formou o Botafogo com Manga (Adalberto), Joel, Zé Maria, Nilton Santos (Paulistinha) e Rildo (Wilton); Ayrton (Pampolini) e Didi (Édison); Garrincha (Iroldo), Amoroso (China), Amarildo e Zagallo. Técnico: Marinho Rodrigues.
No dia 24 de junho de 1962, Iroldo fez parte da equipe que conquistou o Torneio Início, disputado no Maracanã.
Na reserva de Garrincha (na ponta-direita) ou de Zagallo (na esquerda), Iroldo viu o Botafogo ganhar o bicampeonato carioca. Era considerado um elemento futuroso, mas que não estava ainda em condições de substituir um dos titulares.
Ainda disputaria mais quatro amistosos na equipe principal no ano de 1962. Surgiram propostas do Municipal, do Peru, do Millonarios, da Colômbia, e até do Flamengo, pelo passe de Iroldo, mas, em todas as oportunidades, o técnico Marinho Rodrigues desaconselhou a transação.
No começo de 1963, Iroldo seguiu com o Botafogo por uma excursão do clube pela América do Sul, sendo o único reserva para o ataque. Disputou oito amistosos em 1963, um jogo pela Taça Libertadores e um pelo Torneio Rio-São Paulo. Continuava na dura luta por uma vaga no ataque do Botafogo, formado por craques como Garrincha, Jairzinho, Amarildo, Quarentinha, Amoroso, Jair Bala e Zagalo. Não era fácil a tarefa de Iroldo em conseguir uma vaga entre esses jogadores.


Em setembro de 1963, Iroldo foi emprestado (juntamente com outro jogador do Botafogo, Dagoberto) ao Fluminense, de Feira de Santana (BA), onde fez parte da equipe que venceu o Campeonato Baiano daquele ano, que seria encerrado em março de 1964. O Fluminense, campeão do 1º turno, decidiu com o Bahia, vencedor do 2º, numa série de três partidas. Após dois empates, no dia 8 de março de 1964 o Fluminense derrotou o Bahia, por 2 x 1, e pela primeira vez conquistou o título de campeão da Bahia. No terceiro e decisivo jogo o Fluminense formou com Mundinho, Misael, Ninoso, Val e Carlinhos; Chinesinho e Ari; Dagoberto, Renato, Almeida e Iroldo. Técnico: Antônio Conceição (Tonho).
Logo depois desse jogo, Iroldo retornou ao Botafogo e, em junho de 1964, foi cedido em definitivo ao Deportivo Cali, da Colômbia. Estreou em 12 de julho de 1964, jogando contra o Santa Fé.
Em 1965, o Deportivo Cali ganhou o primeiro título nacional, depois de um início vacilante da equipe. O artilheiro da equipe foi Jorge Ramirez Gallego, com 32 gols, enquanto o jogador com mais partidas foi Iroldo, com 46.
Em 1967, Iroldo obteve seu segundo título colombiano. Neste ano, a equipe foi definida pelos especialistas como uma demonstração de poder, sincronização, bom toque de bola, gols (o segundo maior em número de gols no campeonato), força, qualidade e classe. Iroldo foi considerado a grande figura nessa época inesquecível, ao se tornar o artilheiro do Deportivo Cali na competição, com 20 gols, número igual ao de seu companheiro de equipe, o paraguaio Benício Ferreyra.
No ano dourado do Deportivo Cali, também merece destaque dois amistosos internacionais. O primeiro deles, em 22 de junho de 1967, quando o alviverde colombiano trouxe um clube grande da Europa, o Napoli, da Itália, acontecimento inovador para o futebol colombiano. O time italiano chegou com suas estrelas, tais como os argentinos Angelillo e Omar Sívori e o brsileiro naturalizado italiano Altafini Mazzola. O Napoli fez 2 x 0 no primeiro tempo, gols de Altafini e Sívori, mas no segundo o Deportivo Cali buscou o empate em 2 x 2, com um dos gols marcados por Iroldo.
O segundo, em 10 de dezembro de 1967, amistoso para comemorar o título de campeão nacional. O adversário foi o Dínamo de Moscou, da Rússia, e que trazia como goleiro o lendário Lev Yashin. O clube colombiano venceu por 1 x 0, gol de Iroldo.
A partir de 1968, o campeonato colombiano passou a ser disputado em dois torneios: “Apertura” e “Clausura”. O Unión Magdalena venceu o Apertura, com o Deportivo Cali na segunda colocação. Já o “Clausura” foi vencido pelo Deportivo Cali. Os campeões representaram a Colômbia na Taça Libertadores da América de 1969.
Voltaria a sagrar-se campeão colombiano no ano de 1969, retornando ao Botafogo, por empréstimo, desembarcando no Rio de Janeiro em 30 de junho desse ano. Fez parte da equipe que venceu a Taça Brasil (depois reconhecida como Campeonato Brasileiro) de 1968, disputando dois jogos, ambos contra o Cruzeiro-MG, em 23 e 27 de agosto de 1969.
Em 1º de novembro de 1969, na Ilha do Retiro, em Recife-PE, fez seu último jogo com a camisa do Botafogo, com derrota para o Santa Cruz por 2 x 1. O Botafogo formou com Cao, Moreira, Chiquinho Pastor, Moisés e Waltencir; Carlos Roberto e Afonsinho; Iroldo, Humberto (Torino), Ferretti (Nei Conceição) e Paulo César Lima. Técnico: Zagallo.
Contando as duas passagens pelo Botafogo, Iroldo disputou vinte e nove jogos e marcou três gols.
Reapresentou-se ao Deportivo Cali em janeiro de 1970 e venceu mais um campeonato colombiano nesse mesmo ano.
Em 1972 jogou pelo Cúcuta Deportivo F. C. e encerrou sua carreira depois que retornou ao Deportivo Cali, atuando nos anos de 1973 e 1974 (mais um título colombiano).
Com o Deportivo Cali jogou 314 partidas e assinalou 106 gols. No campeonato colombiano foram 94 gols em 287 jogos. Na Taça Libertadores anotou 9 gols.

Fontes consultadas:
Correio da Manhã
Datafogo
Jornal dos Sports
Jornal El País, da Colômbia
Livro “Sentimiento Verde”
Livro “Deportivo Cali: Nuestra Historia”
Revista do Esporte.