O apelido foi colocado carinhosamente por sua mãe, pelo fato de ser pequeno e
muito magro.
Começou nas categorias de base do Bela Vista Futebol Clube, de Sete Lagoas-MG.
Aos 19 anos já disputava o Campeonato Mineiro da Primeira Divisão de 1959, que,
neste ano, foi dividido em zonas na Primeira Fase. O Bela Vista disputou a Zona
do Sertão, classificando-se em segundo e qualificando-se para a Fase Final,
quando chegou na 10ª posição (entre onze equipes). Uma das formações do Bela
Vista foi Ziete, Bimba, Darci, Gato e Suil; Edésio e Miltinho; Nenenzão,
Genuíno, Fifi e Ivo.
Pelo Bela Vista, Fifi disputou também o campeonato mineiro de 1960, quando o
clube melhorou sua classificação, chegando na sétima posição entre 16
participantes.
Foi emprestado ao Atlético Mineiro, de Belo Horizonte-MG, fazendo seu primeiro
jogo no novo clube em 20 de julho de 1961, no amistoso contra o Olímpica, de
Lavras-MG, que terminou empatado em 2 x 2.
Foi uma passagem bem rápida, onde foi muito pouco utilizado, tanto é que antes
de terminar o ano de 1961 voltou ao Bela Vista e terminou sua participação no
campeonato mineiro deste ano.
Sua última participação no Bela Vista aconteceu na disputa pela permanência na
Primeira Divisão para 1962. No dia 13 de junho de 1962, Fifi marcou um dos gols
do empate de 2 x 2 com o Itaú, resultado que garantiu a vaga ao Bela Vista.
Poucos dias depois, mais precisamente em 29 de junho de 1962, Fifi estava de
volta ao Atlético Mineiro, em amistoso contra o Aluminas, atuando em uma nova
posição, centro-médio (atual volante).
Sagrou-se campeão mineiro no ano de 1962, depois da disputa de uma
melhor-de-três contra o Cruzeiro. No terceiro jogo, no dia 15 de fevereiro de
1963, aconteceu empate de 1 x 1 no tempo regulamentar e vitória de 1 x 0 do
Atlético Mineiro na prorrogação. Nesse dia, o Atlético Mineiro formou com Marcial,
Reginaldo, William, Procópio e Marcelino; Dinar e Fifi; Toninho, Nilson,
Afonsinho e Noêmio. Técnico: Antoninho.
Por curiosidade, no dia 14 de outubro de 1962, o Atlético Mineiro goleou o
ex-clube de Fifi, o Bela Vista, por 5 x 1, com dois gols marcados por ele.
Ainda no ano de 1962, Fifi foi convocado para o selecionado de Minas Gerais que
disputou e ganhou o Campeonato Brasileiro de Seleções, depois de eliminar,
Paraná, São Paulo e a então Guanabara. Fifi era reserva de Amauri Horta.
Iniciou sua participação na equipe que conquistaria o bicampeonato mineiro em
1963, mas, logo na segunda rodada, disputaria seu último jogo com a camisa do
Atlético Mineiro, em 11 de julho de 1963, no empate em 1 x 1 com o Uberlândia.
No Atlético Mineiro Fifi disputou um total de 47 jogos e marcou três gols.
Depois de despertar interesse de Flamengo e Palmeiras, Fifi foi contratado pelo
Botafogo. Chegou ao Rio de Janeiro no dia 15 de agosto de 1963 e no mesmo dia
vestiu a camisa amarela dos titulares em seu primeiro treino no novo clube. O
Jornal dos Sports destacou: “Fifi é bom dominador de bola, bate com os dois
pés, passa com firmeza, tem personalidade e ainda disse que não tem medo de
fracassar no Rio de Janeiro, porque é campeão brasileiro”. Continuando: “A
presença de Fifi foi a nota de sensação do apronto do Botafogo para o jogo com
o Fluminense”.
Fábio Fonseca, presidente do Atlético Mineiro, explicou: “Só não foi possível
sua permanência no Atlético porque ele exigia quantia acima do máximo do clube,
que é Cr$ 40 mil. Mas sua reivindicação era justa. Com a proposta do Botafogo,
resolvemos ceder Fifi”.
O Botafogo procurou, por todos os meios, inscrever Fifi na V Taça Brasil.
Todavia, nada pôde ser feito, pois o prazo de inscrição, que fora prorrogado até
o dia 6 de agosto de 1963 expirou e Fifi somente foi contratado depois do
período legal.
Depois de muita expectativa, Fifi teve atuação discreta na sua estreia, no dia
3 de setembro de 1963, na vitória sobre o Vasco da Gama, por 2 x 0. Formou o
Botafogo com Manga, Joel, Zé Carlos, Nilton Santos e Rildo; Élton e Fifi;
Jairzinho, Amoroso, Quarentinha e Jair Bala.
No jogo seguinte, em 7 de setembro de 1963, com vitória de 3 x 2 sobre o
Olaria, Fifi marcaria seu primeiro e único gol com a camisa do Botafogo no
campeonato carioca de 1963, quando o clube deixou escapar a chance do
tricampeonato estadual, terminando na quarta colocação.
Não conseguiu se firmar entre os titulares. O plantel recheado de campeões
mundiais do Botafogo ofuscou o futebol de Fifi.
Na reserva, ajudou o Botafogo a conquistar (junto com o Santos) o Torneio
Rio-São Paulo de 1964. Disputou apenas um jogo pela competição, no dia 22 de
março de 1964, na vitória de 2 x 0 sobre o São Paulo, substituindo Arlindo.
Despois de participar de seis amistosos e um jogo pelo Torneio Rio-São Paulo de
1965, Fifi foi emprestado por quatro meses ao América, de Belo Horizonte-MG.
Chegou à capital mineira em 27 de outubro de 1965 e fez sua estreia no dia 6 de
novembro de 1965, no Mineirão, contra o Guarani. O América formou com Capelani,
Luisinho, Jorge, Caillaux e Murilo; Eduardo e Fifi; Sérgio, Mosquito, Dirceu
Alves e Nilo.
O Campeonato Mineiro de 1965 somente seria encerrado em 20 de fevereiro de
1966, com o América terminando na segunda colocação, três pontos atrás do campeão
Cruzeiro na classificação final.
No treino realizado em 13 de abril de 1966, primeiro do time desde que voltou à
atividade, Fifi se reapresentaria ao Botafogo, passando a integrar a equipe de
reservas.
Daí em diante fez poucos jogos no time principal do Botafogo. No total, em
1966, foram quatro amistosos (com um gol marcado), três jogos pelo Campeonato
Carioca e quatro (com mais um gol marcado) válidos pela Taça Guanabara.
No total foram 32 jogos disputados por Fifi, com quatro gols marcados.
A última participação de Fifi pelo Botafogo foi nos dias 2 e 5 de março de
1967, quando foi realizado um torneio quadrangular interestadual em Brasília,
que levou o nome de Taça “Ciro Machado do Espírito Santo” e reuniu as equipes
do Defelê (promotor) e Rabello, de Brasília, o Ipiranga, de Anápolis (GO) e o
Botafogo, representado por uma equipe reserva.
O Botafogo venceu o Defelê, por 1 x 0, gol de Rui Amoroso, e depois empatou com
o Rabello em 0 x 0, ficando com o troféu de campeão por ser equipe visitante. Na
decisão, o Botafogo atuou com Cao, Mura, Carlos Alberto, Adevaldo e Moreira;
Luiz Henrique e Fifi; Maurício (Zezé), Rui Amoroso, Jerônimo e Helinho.
Técnico: Adalberto Martins (que acumulou as funções de técnico e chefe da
delegação).
Logo depois, terminado seu contrato com o Botafogo, ficou um tempo sem clube e
andou treinando no Fluminense. Em um desses treinamentos, no dia 2 de junho de
1963, jogando ao lado de Samarone e Lula, marcou dois gols na vitória dos
reservas sobre os titulares, por 4 x 2.
Voltaria a marcar um gol no treino de 17 de agosto de 1967, mas, desta vez, com
derrota dos reservas.
Pouco mais de um mês depois, sem resolver sua situação junto ao Fluminense,
tentou a sorte no Bonsucesso. Após alguns treinos na equipe reserva do clube,
impressionou bem o técnico Antoninho, que recomendou sua contratação. Assinou
contrato com o Bonsucesso, onde realizou seu primeiro treino no dia 15 de
setembro de 1967.
No dia 1º de outubro de 1967, com boa atuação, Fifi fez sua estreia pelo
Bonsucesso, na Gávea, com vitória de 2 x 1 sobre o Flamengo. Atuou o Bonsucesso
com Jonas, Luís Carlos, Moisés, Paulo Lumumba e Albérico; Amaro e Fifi;
Gilberto, Enos, Gibira e Valdir.
No dia 10 de janeiro de 1968 embarcou com a delegação que realizaria uma
excursão pelo Norte e Nordeste do Brasil.
Com Fifi no time, o Bonsucesso viveu bons momentos, sendo sexto no campeonato
carioca de 1968 (junto com o Fluminense) e quarto colocado na Taça Guanabara do
mesmo ano.
O Bonsucesso de Fifi continuou realizando boa campanha no campeonato carioca de
1969. Logo na primeira rodada, vitória sobre o Botafogo, por 2 x 1. Depois
empataria com Flamengo, Fluminense, Vasco da Gama, América e Bangu, terminando
a competição na mesma sexta colocação de um ano antes.
Fifi ainda disputaria o campeonato carioca de 1970, pelo Bonsucesso. Seu último
jogo com a camisa do clube foi em 11 de julho de 1970, na derrota por 4 x 0
para o Fluminense. Antes do término da competição, deixou os gramados e passou
a trabalhar como auxiliar do técnico Eitel Seixas.
Em 11 de janeiro de 1971, quando Zizinho assumiu a direção técnica do
Bonsucesso, Fifi continuou como Auxiliar Técnico.
Mesmo com as constantes mudanças de treinadores, Fifi continuava trabalhando
como Auxiliar no Bonsucesso. Em 1975, foi o treinador da equipe de juvenis no
Campeonato Carioca da categoria.
Depois
que deixou o futebol, passou a trabalhar como corretor de imóveis.
Nos últimos anos tem sido um dos moradores do Lar de Frei Luiz, em Jacarepaguá,
no Rio de Janeiro, uma instituição que atende crianças, adolescentes e idosos
de baixa renda.
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