Sempre atuando como médio (hoje, equivalente a posição de
volante), Bob era um jogador raçudo, daqueles que “molhavam a camisa com
sangue”, como gostava de dizer o botafoguense Roberto Porto, e possuidor de um
forte poder de marcação.
Como juvenil foi jogador de basquetebol do América, do Rio de
Janeiro, por quatro temporadas, chegando a ser campeão carioca nos anos de 1944
e 1945 nessa categoria. Quando foi convocado para a seleção estadual que
disputaria o Campeonato Brasileiro Juvenil de Basquetebol, não emplacou, pois
teve problemas com a saúde, exatamente na oportunidade e não se apresentou para
os treinamentos. Aborrecido com a pouca sorte, decidiu abandonar o basquetebol.
Passou, então, para o Botafogo. Já como jogador do alvinegro, Bob foi
convocado, em julho de 1947, para integrar a seleção carioca que disputaria o
Campeonato Brasileiro de Futebol Juvenil.
Se profissionalizaria em 1949 e ganharia mais espaço a partir de 1951. No Botafogo, teve bons momentos, mas o clube vivia um desagradável jejum de títulos.
Fez sua estreia no Botafogo em 8 de abril de 1951, com derrota de
4 x 1 para o Canto do Rio, jogo válido pelo Torneio Municipal, competição que
acabaria sendo conquistada pelo alvinegro. Formou o Botafogo com Arízio, Jorge
Carlos e Floriano; Britto, Bob e Adão; Mangaratiba, Quissamã, César (Careca),
Baduca (Abel) e Walter Silva. Técnico: Carvalho Leite.
Até 1957 foram mais de 200 jogos com a camisa do Botafogo:
ANO |
J |
V |
E |
D |
GM |
1951 |
11 |
7 |
3 |
1 |
0 |
1952 |
7 |
4 |
1 |
2 |
0 |
1953 |
41 |
22 |
10 |
9 |
0 |
1954 |
58 |
31 |
10 |
17 |
0 |
1955 |
46 |
25 |
11 |
10 |
1 |
1956 |
56 |
34 |
11 |
11 |
0 |
1957 |
10 |
4 |
2 |
4 |
0 |
TOTAL |
229 |
127 |
48 |
54 |
1 |
No final de 1956, acabou ficando marcado por uma suspeita de suborno em uma derrota de seu clube para o Vasco da Gama, nunca confirmada.
Sua última partida pelo Botafogo, por coincidência, teve o mesmo
placar negativo, contra o Palmeiras, em 27 de fevereiro de 1957. Naquela
ocasião, o Botafogo atuou com Pereyra Natero, Beto e Abigail; Bob, Bauer e
Pampolini; Neyvaldo (Ary Costa), João Carlos, Paulinho Valentim, Mário e
Cañete.
Sem clima, transferiu-se para o Grêmio, de Porto Alegre (RS), no
começo de 1957. Sua estreia no Grêmio foi em 19 de maio de 1957, na vitória de
2 x 1 sobre o Cruzeiro-RS, em jogo válido pelo Campeonato Citadino de Porto
Alegre.
No final daquele ano, em entrevista à Manchete Esportiva, revelou
que recebia, no Grêmio, os mesmos valores do Rio de Janeiro, somados os seus
salários no Botafogo e em seu segundo emprego nas Óticas Lux.
No Grêmio, fez parte do grupo que conquistou cinco campeonatos
gaúchos, de 1957 a 1960.
Faleceu em 1º de dezembro de 2004, vítima de um infarto.
Fontes:
Esporte Ilustrado
Grêmiopédia
Jornal dos Sports
Tardes de Pacaembu.
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