Chegou ao Rio de Janeiro em 1925.
Foi no campo do Fluminense que Ney assistiu à sua primeira partida
de futebol no Rio de Janeiro. O Botafogo jogava contra o Fluminense, o clube
mais aristocrático da cidade e seus amigos insistiam para ele torcer pelo
tricolor. Mas Ney se apaixonou pelo preto e branco.
Daí para o ingresso no quadro social foi um pulo. Tão logo
formou-se advogado, em 1933, entrou para o quadro de sócios do Botafogo.
As fugas para ver os jogos, as brigas em casa, os desentendimentos
com os colegas, tudo o incentivou a tornar-se diretor durante doze anos.
Na sequência, foi eleito para o Conselho Deliberativo, mais tarde
para o Conselho Fiscal e, depois, tornou-se Vice-Presidente do clube.
Em 15 de dezembro de 1959, quando Paulo Azeredo foi reeleito para
a presidência do Botafogo, Ney foi escolhido para Vice-Presidente.
Ney Cidade Palmeiro foi eleito Presidente do Botafogo em 16 de
dezembro de 1963. Os Vices-Presidentes foram Brandão Filho (Futebol), Nelson
Mufarrej (Finanças) e Otávio Pinto Guimarães (Esportes Amadores).
O fato de dirigir naquela época a Faculdade de Filosofia da UEG-Universidade
do Estado da Guanabara não o impediu de comparecer todos os dias ao seu
gabinete no clube, como o Tribunal de Alçada não o afastou da presidência e das
obrigações quase diárias junto a jogadores, diretores e funcionários.
O mais importante na sua gestão foi o espírito jovem da diretoria,
refletindo-se na maneira de agir. Nem sempre a tese da renovação foi bem
recebida, ainda mais quando a equipe de futebol alinhava grandes cartazes
internacionais. Foi preciso algum tempo para mostrar que o caminho estava certo:
em 1967, o Botafogo, além de vencer o campeonato carioca de futebol, ganhou
três taças internacionais e mais de vinte títulos em diversas modalidades
esportivas.
De 1964 a 1967 Ney foi conhecido como o Presidente de todos os
esportes no Botafogo. Em sua gestão, dedicou especial atenção a cada competição
em que o Botafogo estivesse envolvido.
No futebol, contratou uma grande equipe técnica que revelou para o
Brasil Admildo Chirol e Zagalo, que ascenderam à direção dos profissionais pelas
mãos de Ney, projetando uma geração de jogadores como Afonsinho, Carlos
Roberto, Jairzinho, Roberto e Rogério, entre outros craques.
Sua família herdou-lhe a paixão, destacando-se seu filho, Mauro
Ney Palmeiro, emérito, benemérito, grande benemérito e presidente do Botafogo
quando da conquista da Conmebol, em 1993.
Ney Cidade Palmeiro foi o 12º Presidente da Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro – AMAERJ no biênio 1978/1979.
Fontes:
Botafogo O Glorioso Uma História em Preto e Branco
Manchete
Revista do Esporte.
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