quarta-feira, 30 de agosto de 2023

PERSONALIDADES ALVINEGRAS: Flávio Ramos


Flávio da Silva Ramos nasceu em 14 de abril de 1889, no Rio de Janeiro (RJ).
Era filho de José Júlio da Silva Ramos, professor, filólogo e poeta, membro fundador da Academia Brasileira de Letras.
Flávio Ramos foi o idealizador e um dos fundadores do Botafogo Football Club. Tinha, então, 15 anos e era estudante do Colégio Alfredo Gomes.
Além disso, ele foi jogador do clube, sendo que, no primeiro jogo do Botafogo F. C., em 2 de outubro de 1904, atuou como goleiro e, nos jogos seguintes, como atacante. Fez 53 gols em 60 jogos, no período de 1904 a 1913, sendo seu primeiro gol o primeiro da história do Botafogo, em 21 de maio de 1905, na vitória de 1 x 0 sobre o Petropolitano. Foi campeão carioca em 1907 e 1910
e artilheiro do campeonato estadual nos anos de 1907 (6 gols) e 1909 (18 gols). Ainda praticou remo, atletismo e patinação.
Flávio Ramos também foi o primeiro presidente do Botafogo e sócio-fundador número 1 do Botafogo Futebol Clube.
Em 1911, colou grau em Direito.
Flávio Ramos foi um centroavante com grande finalização. Na maior goleada do futebol brasileiro, em 30 de maio de 1909, quando o Botafogo venceu o Mangueira por 24 x 0, Flávio Ramos assinalou sete gols. No mesmo ano, em 11 de julho, marcou seis gols na goleada sobre o Haddock Lobo por 13 x 0. Antes desses dois jogos, em 26 de julho de 1908, marcou os cinco gols num amistoso com vitória do Botafogo sobre o Bangu por 5 x 2.
Além disso, chegou a ser treinador da equipe em 1928.
Desportista impecável, mesmo depois de abandonar o futebol, Flávio manteve as características pessoais que o notabilizaram.
Flávio da Silva Ramos faleceu em 14 de setembro de 1967, aos 78 anos, no Rio de Janeiro (RJ).


domingo, 27 de agosto de 2023

O DIA 27 DE AGOSTO NA HISTÓRIA DO BOTAFOGO: goleada sobre o poderoso Bayern Munich - 1972


No dia 27 de agosto de 1972, em Cádiz, Espanha, o Botafogo goleou o poderoso Bayern Munich, da Alemanha, em jogo válido pelo Troféu “Ramón de Carranza”. O Botafogo recebeu uma pequena réplica do troféu, por ter chegado em terceiro lugar.
Eis a ficha técnica desse jogo:
BOTAFOGO 4 x 2 BAYERN MUNICH
Data: domingo, 27 de agosto de 1972
Local: Ramón de Carranza, Cádiz (Espanha)
Árbitro: Antônio Camacho Jiménez (Espanha)
Gols: Ferreti (2), Fischer e Roberto Miranda para o Botafogo e Gerd Müller (2) para o Bayern Munich
BOTAFOGO: Wendell, Edmilson, Brito, Waltencir e Marinho Chagas; Nei Conceição, Carlos Roberto e Dorinho; Zequinha (Tuca), Roberto Miranda e Fischer (Ferreti). Técnico: Tim.
BAYERN MUNICH: Sepp Maier, Johnny Hansen, Georg Schwarzenbeck, Franz Roth (Gernot Rohr) e Paul Breitner; Franz Beckenbauer e Rainer Zobel; Bernd Durnberger (Wilhelm Hoffman), Gerd Müller, Edgar Schneider e Gunther Rybarczik. Técnico: Udo Lattek.



quinta-feira, 24 de agosto de 2023

GIGANTES DO FUTEBOL BRASILEIRO


A primeira edição de um dos livros mais procurados do futebol brasileiro, de autoria de João Máximo e Marcos de Castro: “Gigantes do Futebol Brasileiro”, foi lançada em novembro de 1965
, um exemplar de 320 páginas, da Editora Lidador.
Nela você ficava conhecendo a biografia dos 13 maiores craques do futebol brasileiro de todos os tempos, segundo os autores, pela ordem de capítulos: 1. Friedenreich, 2. Fausto, 3. Domingos da Guia, 4. Romeu, 5. Leônidas da Silva, 6. Tim, 7. Jair Rosa Pinto, 8. Zizinho, 9. Heleno de Freitas, 10. Danilo Alvim, 11. Nilton Santos, 12. Garrincha e 13. Pelé.
Dos treze grandes jogadores citados, seis já vestiram a camisa do Botafogo: Leônidas da Silva, Tim, Heleno de Freitas, Danilo Alvim, Nilton Santos e Garrincha.
Em 2011, a mesma dupla lançou uma edição revista e ampliada, acrescentando mais Didi, Gerson, Rivelino, Tostão, Falcão, Zico, Romário e Ronaldo Fenômeno, totalizando 21 jogadores. Dos novos craques a fazer parte dessa seleta relação, Didi e Gerson já jogaram no Botafogo.




terça-feira, 22 de agosto de 2023

BOTAFOGUENSES ANÔNIMOS: Tião Macalé


Sebastião dos Santos, por alguns chamado de Macalé, por outros de Tião Macalé, nasceu em Santa Rosa, bairro de Niterói, no dia 23 de agosto de 1936.
Seu pai trabalhava numa fábrica de vidros em São Gonçalo e não ganhava o suficiente para manter, com conforto, a esposa e cinco filhos.
Macalé tinha 14 anos quando começou a jogar no Santa Cruz, time do bairro.
Tendo sua família se transferido para o Fonseca, bairro da Zona Norte de Niterói, Macalé ingressou nos juvenis do São Januário F. C. Passou para o segundo quadro e, logo após, para o primeiro. Por sugestão de Zé Pequeno, treinador, ficou jogando de centroavante, embora se sentisse mais à vontade na meia-esquerda.
Dali foi para os juvenis do Fluminense, de Niterói. Foi campeão, convocado pelo Cúri, que era o técnico do primeiro time do Fonseca, jogou pela seleção de Niterói no Campeonato do Estado do Rio.
Chiquinho, um amigo, o levou para os juvenis da Portuguesa, do Rio de Janeiro, em fins de 1955. Disputou o campeonato carioca da categoria de 1956, assinalando dez gols.
O treinador Denoni Pereira Alves elevou-o aos aspirantes em 1956 e logo a seguir Tião Macalé assinou contrato "de gaveta" com a lusa carioca. Passando Lourival Lorenzi a técnico, Tião foi lançado no time titular contra o Bonsucesso, em 22 de setembro de 1957, pelo primeiro turno do campeonato carioca desse ano.
A partir desse jogo é que passou a ser chamado de Tião Macalé. Na Portuguesa já havia um médio esquerdo chamado Tião. Para evitar a confusão do tipo Tião I e Tião II, resolveram acrescentar o Macalé em seu apelido (segundo algumas versões, por lembrar o ator/comediante), passando a ser conhecido como Tião Macalé.

Surgiu a proposta do Santos, que se interessou também por outro jogador da Portuguesa, Lua. O Santos não concordou em pagar o montante solicitado pela Portuguesa pelos dois jogadores. Também apareceu o Flamengo querendo contratá-lo. Então aconteceu um jogo amistoso entre o Botafogo e a Portuguesa, nas Laranjeiras, no dia 4 de abril de 1959, cujo resultado foi um empate em 2 x 2, no qual Tião Macalé atuou muito bem, dando o passe para Ronaldo marcar o primeiro gol e assinalando o de empate.
Nesse dia, o Fluminense também se manifestou, mas Macalé acabou assinando contrato de dois anos com o Botafogo. Cinco dias depois do amistoso, 9 de abril, estrearia no Botafogo, contra o Santos, no Maracanã, em jogo válido pelo Torneio Rio-São Paulo de 1959. No intervalo, substituiu Zagalo, mas não pôde ajudar a evitar a derrota de 4 x 2. O Botafogo formou com Ernani, Cacá, Florindo e Paulistinha; Ronald e Pampolini; Garrincha, Didi, Paulinho Valentim, Quarentinha e Zagalo (Tião Macalé). Técnico: João Saldanha.
Contratado para ser o substituto de Didi no Botafogo, depois que este se transferiu para o Real Madrid, Macalé não chegou a impressionar, sentindo, naturalmente, o peso da responsabilidade. Mostrou-se acanhado, em algumas vezes vaiado impiedosamente pela torcida do Botafogo.
Depois que João Saldanha, responsável por sua ida para General Severiano, deixou o clube, Macalé foi rebaixado para os aspirantes, onde conquistaria seu primeiro título com a camisa do Botafogo, o Campeonato Carioca dessa categoria, em 1959. Também neste ano, na equipe principal, participou de 17 jogos na campanha de vice-campeão estadual.
Sua passagem pelo Botafogo foi essa:

ANO

J

V

E

D

GM

1959

37

25

2

10

5

1960

11

7

3

1

1961

7

5

1

1

TOTAL

55

37

6

12

5


Sua última partida pelo time principal do Botafogo foi em 14 de dezembro de 1961, com vitória de 1 x 0 sobre o Fluminense, em um dos dois jogos disputados por Macalé válidos pelo Campeonato Carioca de 1961, certame conquistado pelo Botafogo.

Nesse dia o Botafogo atuou com Manga, Rildo, Zé Maria, Nilton Santos e Chicão; Ayrton e Didi; Garrincha, Tião Macalé, Amarildo e Zagalo. Técnico: Marinho Rodrigues.
Transferiu-se para o Guarani, de Campinas (SP), em março de 1962. No clube paulista estreou de forma oficial em 8 de julho de 1962, no primeiro turno do Campeonato Estadual, com vitória sobre a Portuguesa de Desportos, no Brinco de Ouro, por 2 x 0, um dos gols marcados por Tião Macalé. Formou o Guarani com Dimas, Ferrari, Ditinho e Diogo; Ilton e Eraldo; Telê, Vicente, Paulo Leão, Tião Macalé e Osvaldo. O Guarani terminou o campeonato paulista na oitava colocação.
No clube campineiro, Tião Macalé desinibiu-se e mostrou o bom futebol que exibia na Portuguesa carioca.
Tião Macalé foi convocado para a Seleção Brasileira que disputou o Campeonato Sul-Americano de 1963, na Bolívia, quando o Brasil foi representado por uma seleção “C”. O técnico Aymoré Moreira foi designado a fim de suprir a ausência de Flávio Costa, que se encontrava com a Seleção principal na Europa. Participou de cinco jogos, o primeiro deles em 3 de março, com empate de 2 x 2 com o Paraguai, em amistoso preparatório. Formou a Seleção Brasileira com Marcial, Jorge (Massinha), William, Procópio e Geraldino; Ilton Vaccari (Hilton Chaves) e Tião Macalé; Almir, Joaquinzinho (Marco Antônio), Flávio e Osvaldo (Ary). Técnico: Aymoré Moreira.
Os outros quatro jogos de Macalé na Seleção Brasileira foram válidos pelo Campeonato Sul-Americano: 10.03 – 1 x 0 Peru, 14.03 – 5 x 1 Colômbia, 17.03 – 0 x 2 Paraguai e 31.03, com derrota para a Bolívia, por 5 x 4.

Teve uma rápida passagem pela Ferroviária, de Araraquara, em 1966, quando foi, inclusive, campeão paulista da Segunda Divisão).
Depois do encerramento do Campeonato Paulista de 1968 (disputou seu último jogo em 13 de junho de 1968, com vitória sobre o Palmeiras, por 3 x 1), o Guarani emprestou Tião Macalé ao Paulista, de Jundiaí.
Estreou no Paulista em 30 de junho de 1968, no empate com o maior rival do Guarani, a Ponte Preta, em 0 x 0, sendo expulso de campo no segundo tempo. O Paulista formou com Sérgio, Miranda, Jurandir, Valdir e Cido; Tião Macalé e Foguinho (Mineiro); Raimundinho, Ademir, Zé Luís (Nilo) e Vagner. No hexagonal final, de 18 de novembro a 6 de dezembro) as equipes se enfrentaram, todos contra todos, em turno único, em jogos realizados no estádio Palestra Itália, em São Paulo. O Paulista conquistou o título de forma invicta e garantiu o inédito acesso à Divisão Especial de Profissionais do Estado de São Paulo, após vinte anos de espera.
Retornou ao Guarani em 1969 e disputou o campeonato paulista. Depois, foi para o União Bandeirante, do Paraná, onde encerrou sua carreira em 1972.
Ganhou dinheiro, que rapidamente foi perdido.
Em 1979, uma reportagem do Jornal dos Sports o mostrou em meio ao matagal, capinando o campo do São José, de Niterói, time pobre, sem recursos, defendido por meninos da região.
Dias depois, o botafoguense Agnaldo Timóteo disse que iria entregar bolas e material para o time dirigido por Tião Macalé.
Tião Macalé faleceu em Niterói (RJ), em 27 de novembro de 1981.

Fontes:
Datafogo
Jornal dos Sports
O Caminho da Bola II Volume 1953-1982.
Revista do Esporte.







domingo, 20 de agosto de 2023

O BOTAFOGO NO ANO DE 1948


Na temporada de 1948, o Botafogo disputou um total de 40 jogos. Foram 26 vitórias (65%), 8 empates (20%) e 6 derrotas (15%). Assinalou 107 gols e sofreu 59.
Desses 40 jogos, vinte foram válidos pelo Campeonato Carioca (conquistado com apenas uma derrota); dez pelo Torneio Municipal, seis amistosos interestaduais e quatro amistosos internacionais.


Dentre os amistosos internacionais, três foram pela pequena excursão à Bolívia, entre 4 e 18 de abril, com duas vitórias e um empate. Além deles, teve a grande vitória sobre o Southampton, da Inglaterra, por 3 x 1, em 20 de maio.



O artilheiro da temporada foi Octávio, com 35 gols, seguido de longe por Pirilo, que marcou 15. Os demais marcadores foram: Paraguaio (12), Oswaldinho (9), Braguinha (7), Geninho (6), Demósthenes (5), Heleno de Freitas e Zezinho (4), Juvenal (3), Ávila e Nerino (2) e Nilton Santos, Marinho e Negrinhão (contra), um gol cada.

Oswaldo Baliza foi o goleiro do Botafogo em 38 oportunidades. Nas duas vezes que ele não atuou, foi substituído por Ary e Matarazzo.

Zezé Moreira foi o treinador da equipe nas quarenta ocasiões.


sexta-feira, 18 de agosto de 2023

O MELHOR BOTAFOGO DE TODOS OS TEMPOS


Garrincha e Nilton Santos, os mais votados


A série “Grandes Clubes” foi editada pelo jornal Lance em 2005.
Entre várias reportagens especiais realizou uma pesquisa para se conhecer o “Melhor Botafogo de Todos os Tempos”.
Para eleger o melhor Botafogo de todos os tempos, o Lance se valeu de alguns critérios. Cinco torcedores de cada faixa etária (12 a 20 anos; 21 a 30; 31 a 45; 46 a 60 e mais de 60) tiveram a liberdade de moldar seus 11 escolhidos da forma que bem entendessem, desde que a equipe tivesse estrutura tática para entrar em campo. Votaram, também, de acordo com a preferência. Uns optaram por fazer um time dos sonhos, misturando gerações; outros escolheram apenas os craques que viram atuar pela equipe.
Feita a enquete, o time de todos os tempos ficou assim, com os respectivos votos entre parênteses:
Manga (16), Carlos Alberto Torres (10), Wilson Gottardo (10), Mauro Galvão (10) e Nilton Santos (21); Gerson (15) e Didi (15); Garrincha (21), Jairzinho (14), Heleno de Freitas (9) e Paulo César Lima (10). Como técnico, João Saldanha (10 votos).
Caso houvesse um banco de reservas, este seria composto por Wagner (7), Josimar (6), Gonçalves (6), Leônidas (7) e Marinho Chagas (5); Carlos Alberto Santos (4), Mendonça (4) e Sérgio Manoel (6); Maurício (4), Túlio (9) e Amarildo (5). O treinador, Paulo Autuori (6).




quarta-feira, 16 de agosto de 2023

FORTES EMOÇÕES NUM FINAL DE SEMANA


Com um gol ao apagar das luzes (aos 44 minutos do segundo tempo), o Botafogo obteve vitória difícil sobre o Olaria, no dia 13 de outubro de 1956, sábado, no campo da Rua Bariri.
O Botafogo apresentou maior volume de jogo e não fosse a pouca sorte que seus atacantes tiveram nos tiros a gol, a contagem teria sido mais folgada.
Garrincha abriu a contagem aos 39 minutos do primeiro tempo. No período final, aos 42 minutos, Santo Cristo empatou após forte chute. Didi fez o gol da vitória aos 44 minutos, aproveitando falha do goleiro Ernâni.
Os dois quadros formaram assim: Botafogo – Amaury, Rubens e Nilton Santos; Orlando Maia, Bob e Bauer; Garrincha, Didi, Paulinho, Mário e Neivaldo.
Olaria – Ernâni, Joe e Renato; Rico, Barbosa e Dodô; Esquerdinha, Bera, Santo Cristo, Russo e César.
O árbitro do encontro foi Eunápio de Queirós.

Minutos depois, a delegação botafoguense partiu do gramado da Rua Bariri diretamente para a gare da Central do Brasil, onde embarcou para a cidade de Barbacena, interior de Minas Gerais, 274 quilômetros distantes do Rio de Janeiro.
Foi convidado para o grande acontecimento esportivo da cidade, a inauguração do novo estádio do Olympic, no domingo, 14 de outubro de 1956, que contou com a presença de inúmeras autoridades, dentre outras, do Governador Bias Fortes, do Presidente do CND, Deputado Geraldo Starling Soares, e do Presidente da Federação Mineira, Francisco Cortes.
O Botafogo enfrentou no jogo inaugural a equipe local do Olympic, triunfando de maneira categórica pela contagem de 5 x 1, após encerrar o primeiro tempo com a vantagem de 3 x 0.
No time do Botafogo fez sua estréia o ponteiro paraguaio Cañete, que teve boa atuação.
Garrincha aos 12 minutos abriu a contagem para os cariocas. Paulinho aos 25 minutos assinalou o segundo gol e Ênio, contra, aos 40 minutos aumentou a vantagem dos alvinegros cariocas. Na fase final, Paulinho aos 7 minutos estabeleceu o quarto gol do Botafogo e Ari o quinto aos 30 minutos. O tento de honra dos locais foi de pênalti, batido por Nenem.
Eis a formação das duas equipes:
Botafogo: Amaury, Rubens, Orlando Maia e Nilton Santos; Bob e Bauer; Garrincha (Neivaldo) (Ari), Didi, Paulinho, Mário e Cañete.
Olympic: Danton (Campeão), Borracha e Marino; Lucas, Ênio e Mexicano; Gutemberg, Viva, Nenem, Caroá e Branco.
A arbitragem foi de José Gomes Sobrinho, da Federação Metropolitana de Futebol.
Depois do jogo, toda a delegação do Botafogo visitou Heleno de Freitas na Casa de Saúde Santa Teresa. O antigo defensor do Botafogo ficou profundamente emocionado, chegando às lágrimas, com a lembrança dos atuais integrantes de seu clube, quando reviu velhos amigos, entre os quais Geninho, que foi seu companheiro de time.
Como sabemos, o craque também ficou conhecido pelos acessos de raiva em campo contra adversários, árbitros e mesmo companheiros de time. O que não se sabia na época era que aquele comportamento era um reflexo da sífilis, doença que lhe tirava a razão e que o fez ser internado em um sanatório de Barbacena. Cidade em que faleceu em 8 de novembro de 1959. Com apenas 39 anos.


segunda-feira, 14 de agosto de 2023

CRAQUES ALVINEGROS: Carvalho Leite


Carlos Antônio Dobbert de Carvalho Leite, ou simplesmente Carvalho Leite, nasceu em Niterói (RJ) a 26 de maio de 1912.
Centroavante no estilo trombador, chute forte, excelente colocação na área e grande cabeceador.
Ele é o segundo maior artilheiro da história do Botafogo com 261 gols registrados (atrás apenas de Quarentinha com 307) e o que fez mais tentos pelo clube em termos de campeonatos estaduais. Foi um dos dois únicos jogadores alvinegros, ao lado de Nilo, a participar da campanha de todos os títulos que culminaram no único tetracampeonato do futebol do Rio de Janeiro.
Disputou doze campeonatos cariocas pelo Botafogo, sendo por nove vezes seu artilheiro-mor e em três goleador máximo da competição.
Se isso não bastasse, participou de duas Copas do Mundo (1930 e 1934) e fez com a camisa da Seleção Brasileira 25 gols em 15 jogos. Por tudo isso, Carvalho Leite é considerado por muitos como o primeiro grande ídolo da imensa galeria de craques alvinegros de todos os tempos.
Começou sua carreira em Petrópolis, jogando pelo Petropolitano. Lá, já demonstrava seus dotes de grande artilheiro e, após integrar a Seleção do Estado do Rio, ao lado de outros futuros jogadores alvinegros como Ariel, Canalli e Afonsinho, foi trazido para General Severiano pelas mãos de Homero Borges da Fonseca, seu amigo e, como não poderia deixar de ser, um apaixonado pelas cores do Botafogo.
Corria o ano de 1929, e Leite já começava a se destacar nos treinos e amistosos, porém sem que ainda pudesse jogar oficialmente pelo novo clube, já que o regulamento da época exigia que, após a transferência de uma liga para a outra, o jogador tivesse que cumprir o estágio de um ano na nova entidade.
Sua estréia aconteceu no dia 14 de setembro de 1929, no estádio das Laranjeiras, na preliminar do jogo em que o time italiano do Bologna foi derrotado pela seleção carioca por 3 x 1. O Botafogo derrotou por 4 x 2 um combinado de jogadores da A.M.E.A. Além de Carvalho Leite, estrearam outros jovens que defendiam as cores do Petropolitano: seu irmão Fernando, Heitor Canalli e Ariel Nogueira, todos eles propostos sócios pelo dedicado e veterano Homero Borges da Fonseca. Os gols do Botafogo foram marcados por Juju (2), Burlamaqui e Paulinho e o time formou assim: Germano, Alemão e Fernando; Canalli, Ariel e Burlamaqui; Álvaro, Paulinho, Juca da Praia, Carvalho Leite e Juju.
O primeiro gol com a camisa do Botafogo viria menos de um mês depois, a 12 de outubro de 1929, num amistoso em Vitória (ES), na vitória de 3 x 0 sobre o local Floriano.
Assim, o primeiro campeonato que disputou foi o de 1930. O Botafogo vinha de um jejum de 18 anos sem títulos cariocas e o time aliou a experência de veteranos como Nilo, Octacílio, Pamplona e Ariza com o jovem talento de Germano, Martim Silveira, Paulinho Goulart e, principalmente dele, Carvalho Leite.
Dessa forma, foi formada a base para um grande time que conquistaria, não só o título desse mesmo ano, como também os de 1932, 1933, 1934 e 1935. Foi o artilheiro da conquista de 1930, com 14 gols. Ainda no mesmo ano, sua trajetória brilhante o levou a condição de titular logo na primeira Copa do Mundo da qual participou. Porém, a sorte não ajudou no Uruguai. Uma luxação no braço direito o tirou da partida de estréia do Brasil contra a Iugoslávia. Com a derrota neste jogo, a equipe brasileira iria apenas cumprir tabela no jogo seguinte contra a Bolívia, em 22 de julho de 1930.
Um jogo qualquer para muitos, mas não para Carvalho Leite que queria sentir o gostinho de vestir pela primeira vez a camisa da Seleção. Mostrando fibra, ele mesmo optou por tirar o gesso do próprio braço, e, dizendo-se recuperado, participou da vitória brasileira por 4 x 0. Apesar de não ter feito gols, foi muito elogiado pela imprensa uruguaia por ter sido o autor dos passes precisos que resultaram em dois dos gols brasileiros. Isso tudo, apesar das dores que o atormentaram no decorrer da partida.
Em 1931, foi emprestado ao Vasco da Gama, juntamente com Nilo e Benedito, para uma excursão à Europa. O Botafogo também excursionou, e, na volta, não houve tempo suficiente para se obter um melhor entrosamento para o time. Dessa forma, nem mesmo os 13 gols que o fizeram vice-artilheiro do campeonato foram suficientes para dar o bicampeonato carioca ao Glorioso.
Neste mesmo ano, num amistoso entre Rio de Janeiro e São Paulo, no qual Carvalho Leite fez de tudo, de passes milimétricos a gols espetaculares, o Príncipe de Gales, que aproveitara sua visita à Cidade Maravilhosa para assistir ao jogo nas Laranjeiras, fez questão de ir ao vestiário cumprimentá-lo pela excelente partida realizada.
Os quatro anos seguintes seriam de puro festejo e alegria para o Botafogo. E para Carvalho Leite não poderia ser diferente: tetracampeão carioca, artilheiro alvinegro nas conquistas de 1932 (20 gols) e 1935 (16). Segundo suas próprias palavras, o time se entendia as mil maravilhas, tanto dentro como fora dos gramados.
Veio a Copa do Mundo de 1934, na Itália, competição que não lhe deixou boas recordações. O Brasil estreou jogando em Gênova contra a Espanha numa partida eliminatória. Carvalho Leite, que à época revezava-se com Armandinho, ao lado de Leônidas da Silva, no ataque da Seleção, acabou ficando na reserva. A equipe perdeu e voltou mais cedo para casa. Após a Copa, excursionou com o selecionado por diversos países da Europa e acabou por tomar de vez a posição de Armandinho. Só que aí já era tarde demais: o sonho de se tornar campeão do mundo estava definitivamente terminado. Restou o consolo de ter jogado ao lado dos dois maiores jogadores que viu jogar naqueles tempos: Waldemar de Brito e Leônidas da Silva.
De 1936 a 1940, o Botafogo não conquistou mais títulos cariocas, mas Carvalho Leite afirmou cada vez mais sua condição de goleador, sendo o artilheiro do Glorioso nesses cinco anos consecutivos. Conquistou, também, a artilharia máxima dos campeonatos do Rio de Janeiro em 1936, 1938 e 1939, com 15, 16 (empatado com Leônidas, do Flamengo) e 22 gols, respectivamente.
Em 1940, seu último ano jogando uma temporada inteira pelo Botafogo, Carvalho Leite se contundiu no decorrer do campeonato, mas, mesmo assim, seus 10 gols foram suficientes para torná-lo um dos artilheiros do time na competição, ao lado de Pascoal e Patesko.
No dia 17 de março de 1940 fez sua última apresentação pela Seleção Brasileira, com derrota para a Argentina, por 5 x 1.
Em 18 de maio de 1941, em General Severiano, ao machucar-se gravemente no primeiro tempo de um jogo contra o Bonsucesso (vitória de 5 x 1), retirou-se dos gramados para nunca mais voltar. Neste jogo também aconteceu seu último gol com a camisa do Botafogo.
Fez com que uma grande lacuna fosse aberta, lacuna essa que foi prontamente preenchida por um jovem rebelde que aprendeu muita coisa ao seu lado. Jovem este que, como ele, chutava com os dois pés, cabeceava de forma certeira, era vaidoso e fazia tanto sucesso com as mulheres quanto o já doutor do Botafogo. Seu nome: Heleno de Freitas.
Seu último jogo com a camisa do Botafogo aconteceu em 15 de janeiro de 1942, em Salvador (BA), no amistoso contra o Bahia, com vitória de 3 x 1. Geraldino, duas vezes, e Geninho, marcaram os gols da vitória alvinegra.
Além dos títulos conseguidos no Botafogo, foi campeão brasileiro jogando pela Seleção Carioca em 1931, 1935, 1938 e 1939.
Pertenceu ao extinto Colégio de Árbitros e, formado em Medicina, foi o responsável pelo departamento especializado do Botafogo, cargo que ocupou por quase cinqüenta anos.
Foi treinador do Botafogo em várias ocasiões. De 1941 a 1943 e de 1951 a 1953.
Faleceu no Rio de Janeiro, aos 92 anos, no dia 19 de julho de 2004.



sexta-feira, 11 de agosto de 2023

OS DEZ MAIS DO BOTAFOGO


Mesmo sabendo tratar-se de uma tarefa quase impossível escolher os dez melhores jogadores de um time centenário e de tantas glórias como o Botafogo, apresento a lista divulgada no livro OS DEZ MAIS DO BOTAFOGO, o sexto livro da Coleção Ídolos Imortais, da Maquinária Editora, lançado em 2009.
Esses foram os escolhidos do Botafogo (em ordem alfabética):

DIDI
GARRINCHA
GERSON
HELENO DE FREITAS
JAIRZINHO
MANGA
NILTON SANTOS
PAULO CÉSAR LIMA
TÚLIO
ZAGALO

Votaram: Armando Nogueira, Arthur Dapieve, Elena Landau, Gustavo Poli, João Moreira Salles, Luiz Mendes, Marcos Penido, Roberto Porto e Sérgio Augusto, além do autor, Paulo Marcelo Sampaio.
Outros jogadores lembrados foram: ALEMÃO, AMARILDO, BABY, BASSO, CARLOS ALBERTO TORRES, CARVALHO LEITE, GONÇALVES, LEÔNIDAS, MARINHO CHAGAS, MAURÍCIO, MAURO GALVÃO, MENDONÇA, MIMI SODRÉ, NILO, PAULINHO CRICIÚMA, PAULINHO VALENTIM, PAULO SÉRGIO, QUARENTINHA e ROBERTO MIRANDA.
Não fôra a presença do goleiro Baby, não haveria nenhuma surpresa. Já vi vários tipos de pesquisas semelhantes, de Placar, Lance e outros mais e é a primeira vez que vejo Baby entre os melhores do Botafogo. Sérgio Augusto, autor do livro “Botafogo Entre o Céu e o Inferno”, foi quem votou em Baby. O curioso é que neste livro, não há nenhuma menção a Baby!




quarta-feira, 9 de agosto de 2023

O BOTAFOGO NO CAMPEONATO CARIOCA DE 1948



11.07.1948

BOTAFOGO 0 x 4 SÃO CRISTÓVÃO
Local: General Severiano
Juiz: Alberto da Gama Malcher
Renda: Cr$ 20.906,50
Gols: Mical, Magalhães, Wilton e Souza.
BOTAFOGO: Oswaldo Baliza, Gerson dos Santos e Sarno; Marinho, Nilton Barbosa e Juvenal; Paraguaio, Geninho, Zezinho, Octávio e Braguinha.
SÃO CRISTÓVÃO: Joel, Mundinho e Lino; Richard, Geraldo e Souza; Wilton, Paulino, Mical, João Menta e Magalhães.

18.07.1948

CANTO DO RIO 2 x 4 BOTAFOGO
Local: Caio Martins
Juiz: Arthur Ford
Renda: Cr$ 28.108,00
Gols: Carango (2); Octávio (3) e Pirilo.
CANTO DO RIO: Odair, Borracha e Manoelzinho; Vicentini, Edinho e Zarci; Heitor, Valdemar, Geraldino, Carango e Raimundo.
BOTAFOGO: Oswaldo Baliza, Gerson dos Santos e Nilton Santos; Rubinho, Ávila e Juvenal; Paraguaio, Geninho, Pirilo, Octávio e Braguinha.

25.07.1948

BOTAFOGO 6 x 0 MADUREIRA
Local: General Severiano
Juiz: Frederick James Lowe
Renda: Cr$ 24.554,00
Gols: Octávio (3), Pirilo (2) e Paraguaio.
BOTAFOGO: Oswaldo Baliza, Gerson dos Santos e Nilton Santos; Rubinho, Ávila e Juvenal; Paraguaio, Geninho, Pirilo, Octávio e Braguinha.
MADUREIRA: Nenem, Danilo e Godofredo; Arati, Hermínio e Mineiro; Lupércio, Didi, Bidon, Eunápio e Betinho.

01.08.1948

FLUMINENSE 2 x 5 BOTAFOGO
Local: Laranjeiras
Juiz: Arthur Ford
Renda: Cr$ 120.214,00
Gols: 109 e Orlando; Pirilo (3), Octávio e Braguinha.
FLUMINENSE: Castilho, Pé de Valsa e Hélvio; Índio, Mirim e Bigode; 109, Simões, Careca, Orlando e Rodrigues.
BOTAFOGO: Oswaldo Baliza, Gerson dos Santos e Nilton Santos; Rubinho, Ávila e Juvenal; Paraguaio, Geninho, Pirilo, Octávio e Braguinha.
Obs.: Oswaldo Baliza defendeu dois pênaltis: um cobrado por Rodrigues e o outro por Careca.

15.08.1948

BOTAFOGO 3 x 0 BONSUCESSO
Local: General Severiano
Juiz: Devine
Renda: Cr$ 19.954,00
Gols: Octávio (2) e Geninho.
BOTAFOGO: Oswaldo Baliza, Gerson dos Santos e Nilton Santos; Rubinho, Ávila e Juvenal; Paraguaio, Geninho, Pirilo, Octávio e Braguinha.
BONSUCESSO: Alvarez, Nanati e Miguel; Fausto, Vítor e Gato; Zé Luís, Roberto, João Pinto, Cola e Tampinha.

22.08.1948

BANGU 0 x 0 BOTAFOGO
Local: Moça Bonita
Juiz: Arthur Ford
Renda: Cr$ 67.190,00
BANGU: Orlando, Domingos da Guia e Nogueira; Guálter, Irani e Pinguela; Sonô, Amaral, Moacir Bueno, Moacir de Paula e Zezinho. Técnico: Ayrton Moreira.
BOTAFOGO: Oswaldo Baliza, Gerson dos Santos e Nilton Santos; Rubinho, Ávila e Juvenal; Paraguaio, Geninho, Pirilo, Octávio e Braguinha.

29.08.1948

BOTAFOGO 6 x 1 OLARIA
Local: General Severiano
Juiz: Devine
Renda: Cr$ 32.142,00
Gols: Paraguaio (3), Pirilo, Octávio e Juvenal; Esquerdinha.
BOTAFOGO: Oswaldo Baliza, Gerson dos Santos e Nilton Santos; Rubinho, Ávila e Juvenal; Paraguaio, Geninho, Pirilo, Octávio e Braguinha.
OLARIA: Délio, Leleco e Lamparina; Valter, Cláudio e Ananias; Alcino, Cidinho, Baiano, Limoeiro e Esquerdinha.

05.09.1948

FLAMENGO 1 x 2 BOTAFOGO
Local: Gávea
Juiz: Devine
Renda: Cr$ 188.794,00
Gols: Zizinho; Pirilo e Geninho.
FLAMENGO: Luís Borracha, Nilton e Norival; Vaguinho, Bria e Jaime; Luisinho, Zizinho, Gringo, Jair Rosa Pinto e Durval.
BOTAFOGO: Oswaldo Baliza, Gerson dos Santos e Nilton Santos; Rubinho, Ávila e Juvenal; Paraguaio, Geninho, Pirilo, Octávio e Braguinha.

19.09.1948

BOTAFOGO 1 x 0 AMÉRICA
Local: General Severiano
Juiz: Arthur Ford
Renda: Cr$ 53.926,00
Gol: Nilton Santos.
BOTAFOGO: Oswaldo Baliza, Marinho e Nilton Santos; Rubinho, Ávila e Juvenal; Paraguaio, Geninho, Pirilo, Octávio e Braguinha.
AMÉRICA: Vicente, Alcides e Joel; Hilton, Spínola e Amaro; Alcides II, Maneco, Maxwell, César e Esquerdinha.

26.09.1948

VASCO DA GAMA 1 x 2 BOTAFOGO
Local: São Januário
Juiz: Mário Vianna
Renda: Cr$ 262.324,00
Gols: Chico; Octávio (2)
VASCO DA GAMA: Barbosa, Augusto e Wilson; Eli, Danilo e Alfredo; Djalma, Maneca, Friaça, Tuta e Chico.
BOTAFOGO: Oswaldo Baliza, Gerson dos Santos e Nilton Santos; Rubinho, Ávila e Juvenal; Paraguaio, Geninho, Pirilo, Octávio e Braguinha.

03.10.1948

SÃO CRISTÓVÃO 1 x 3 BOTAFOGO
Local: Figueira de Melo
Juiz: Cyril John Barrick
Renda: Cr$ 75.774,00
Gols: Souza; Paraguaio (2) e Juvenal.
SÃO CRISTÓVÃO: Joel, Mundinho e Jair; Richard, Geraldo e Souza; Edgar, Paulinho, João Menta, Jarbas e Magalhães.
BOTAFOGO: Oswaldo Baliza, Gerson dos Santos e Nilton Santos; Sarno, Ávila e Juvenal; Paraguaio, Geninho, Pirilo, Octávio e Braguinha.

10.10.1948

BOTAFOGO 4 x 1 CANTO DO RIO
Local: General Severiano
Juiz: Alberto da Gama Malcher
Renda: Cr$ 46.268,00
Gols: Octávio (2), Braguinha e Pirilo; Carango.
BOTAFOGO: Oswaldo Baliza, Gerson dos Santos e Nilton Santos; Sarno, Ávila e Juvenal; Paraguaio, Geninho, Pirilo, Octávio e Braguinha.
CANTO DO RIO: Odair, Borracha e Manoelzinho; Vicentini, Edésio e Canelinha; Heitor, Carango, Geraldino, Raimundo e Hélio.

17.10.1948

MADUREIRA 0 x 2 BOTAFOGO
Local: Conselheiro Galvão
Juiz: Frederick James Lowe
Renda: Cr$ 97.756,00
Gols: Braguinha e Octávio.
MADUREIRA: Milton, Danilo e Godofredo; Arati, Hermínio e Mineiro; Lupércio, Didi, Benedito, Jorge e Adir.
BOTAFOGO: Oswaldo Baliza, Gerson dos Santos e Nilton Santos; Rubinho, Ávila e Juvenal; Paraguaio, Geninho, Pirilo, Octávio e Braguinha.

24.10.1948

BOTAFOGO 2 x 2 FLUMINENSE
Local: General Severiano
Juiz: Devine
Renda: Cr$ 205.972,00
Gols: Paraguaio (2); Rodrigues e Santo Cristo.
BOTAFOGO: Oswaldo Baliza, Gerson dos Santos e Nilton Santos; Rubinho, Ávila e Juvenal; Paraguaio, Geninho, Pirilo, Octávio e Braguinha.
FLUMINENSE: Castilho, Oliveira e Hélvio; Índio, Mirim e Bigode; 109, Simões, Santo Cristo, Orlando Pingo de Ouro e Rodrigues.

07.11.1948

BONSUCESSO 1 x 2 BOTAFOGO
Local: Teixeira de Castro
Juiz: Cyril John Barrick
Renda: Cr$ 88.610,00
Gols: João Pinto; Pirilo e Paraguaio.
BONSUCESSO: Alvarez, Nanati e Miguel; Vítor, Agostinho e Gato; Marçal, Enguiça, João Pinto, Mariano e Tampinha.
BOTAFOGO: Oswaldo Baliza, Gerson dos Santos e Nilton Santos; Rubinho, Ávila e Juvenal; Paraguaio, Geninho, Pirilo, Octávio e Braguinha.

14.11.1948

BOTAFOGO 3 x 0 BANGU
Local: General Severiano
Juiz: Cyril John Barrick
Renda: Cr$ 59.804,00
Gols: Paraguaio, Octávio e Pirilo.
BOTAFOGO: Oswaldo Baliza, Gerson dos Santos e Nilton Santos; Rubinho, Ávila e Juvenal; Paraguaio, Geninho, Pirilo, Octávio e Braguinha.
BANGU: Princesa, Domingos da Guia e Nogueira; Madeira, Irani e Pinguela; Amaral, Moacir Bueno, Joel, De Paula e Zezinho.

21.11.1948

OLARIA 3 x 4 BOTAFOGO
Local: Rua Bariri
Juiz: Devine
Renda: Cr$ 56.784,00
Gols: Alcino, J. Alves e Valter; Octávio (2), Pirilo e Braguinha.
OLARIA: Gildo, Oswaldo e Leleco; Valter, Olavo e Ananias; Alcino, J. Alves, Baiano, Limoeiro e Esquerdinha.
BOTAFOGO: Oswaldo Baliza, Gerson dos Santos e Nilton Santos; Rubinho, Ávila e Juvenal; Paraguaio, Geninho, Pirilo, Octávio e Braguinha.

28.11.1948

BOTAFOGO 5 x 3 FLAMENGO
Local: General Severiano
Juiz: Devine
Renda: Cr$ 207.964,00
Gols: Ávila, Octávio, Braguinha, Pirilo e Paraguaio; Gringo (2) e Durval.
BOTAFOGO: Oswaldo Baliza, Gerson dos Santos e Nilton Santos; Rubinho, Ávila e Juvenal; Paraguaio, Geninho, Pirilo, Octávio e Braguinha.
FLAMENGO: Luís Borracha, Nilton e Norival; Biguá, Bria e Jaime; Luisinho, Zizinho, Gringo, Jair Rosa Pinto e Durval.

05.12.1948

AMÉRICA 1 x 2 BOTAFOGO
Local: São Januário
Juiz: Frederick James Lowe
Renda: Cr$ 202.148,00
Gols: Lima; Braguinha e Octávio.
AMÉRICA: Osni, Joel e J. Alves; Hilton, Spínola e Gamba; Nivaldino, Ranulfo, César, Lima e Esquerdinha.
BOTAFOGO: Oswaldo Baliza, Gerson dos Santos e Nilton Santos; Rubinho, Ávila e Juvenal; Paraguaio, Geninho, Pirilo, Octávio e Braguinha.
12.12.1948

BOTAFOGO 3 x 1 VASCO DA GAMA
Local: General Severiano
Renda: Cr$ 570.000,00
Juiz: Mário Vianna
Gols: Paraguaio, Braguinha e Octávio; Ávila (contra).
BOTAFOGO: Oswaldo Baliza, Gerson dos Santos e Nilton Santos; Rubinho, Ávila e Juvenal; Paraguaio, Geninho, Pirilo, Octávio e Braguinha. Técnico: Zezé Moreira.
VASCO DA GAMA: Barbosa, Augusto e Wilson; Eli, Danilo e Jorge; Friaça, Ademir Menezes, Dimas, Ipojucan e Chico. Técnico: Flávio Costa.