Surgiu para o futebol nos infantis do
Botafogo, do Rio de Janeiro, estreando no dia 10 de fevereiro de 1968, na
vitória de 2 x 1 sobre o Madureira.
Sua estreia na equipe principal do Botafogo
foi em 21 de abril de 1970, no Maracanã, no empate em 0 x 0 do Botafogo com o
Vasco da Gama.
Em 1971, Nilson Dias participou da Seleção
Brasileira de Novos que venceu o Torneio de Cannes, na França, conquistando
também o segundo lugar no Torneio Sul-Americano de juniores, disputado no
Paraguai.
No ano seguinte, sem maiores explicações, foi sacado do grupo que representou o Brasil nos Jogos Olímpicos de Munich, Alemanha.
No mesmo ano de 1972, em junho, encarou seu
primeiro grande desafio quando foi emprestado ao Deportivo Cali, da Colômbia.
Disputou 27 jogos e marcou dez gols. Com Nilson Dias no time, o Deportivo Cali
venceu o Torneio “Finalización”. Na vitória sobre o Junior, de Barranquilla, no
dia 24 de janeiro de 1973, Nilson Dias marcou dois gols na vitória por 3 x 0.
Permaneceu no clube colombiano até fevereiro de 1973.
Nilson Dias não deu sorte ao passar pelo
Botafogo num período (década de 70) em que o clube viveu um jejum de
conquistas. Não precisou ganhar títulos de expressão para se tornar ídolo da
torcida do Botafogo.
Um desses títulos foi em Brasília (DF). Nos
dias 6 e 8 de setembro de 1974, jogando no estádio Mané Garrincha, o Botafogo
venceu o Torneio Independência. Além do alvinegro carioca participaram Ceub-DF,
Corinthians-SP e Vitória-BA. Para chegar ao título do torneio o Botafogo venceu
o Corinthians, por 1 x 0, e o Vitória-BA, também por 1 x 0, os dois gols
marcados por Nilson Dias.
Sua partida de despedida aconteceu em 28 de maio de 1978, no Maracanã, no empate do Botafogo com o Flamengo, em 1 x 1. O Botafogo formou com Zé Carlos, Perivaldo, Osmar, Renê e Serginho Moura; Luizinho Rangel, Mendonça (Manfrini) e Paulo César Lima; Cremilson (Clóvis), Nilson Dias e Dé. Técnico: Zagalo.
Faz parte da história do Botafogo
como o 13º maior goleador alvinegro. Entre amistosos e competições
oficiais, Nilson Dias disputou 302 jogos com a camisa do Botafogo, marcando 127
gols.
Foi artilheiro do Botafogo nos campeonatos
cariocas de 1974 e 1975, em ambos com 18 gols marcados.
No dia 13 de novembro de 1975, no Maracanã,
ao dividir uma bola com o lateral Zé Maria, do Corinthians, teve fratura no
perônio e rompimento dos ligamentos do tornozelo direito.
Foram quase sete meses de recuperação de uma cirurgia com cinco parafusos e uma placa de platina. Em 21 de janeiro de 1976, mais uma cirurgia para retirar o reforço de platina de sua perna. Nilson Dias deu a volta por cima e retornou ao futebol.
No ano de 1977 disputou todos os seus cinco
jogos pela Seleção Brasileira principal, marcando apenas um gol. Estreou no dia
23 de janeiro de 1977, na vitória de 1 x 0 sobre a Bulgária. Seu último jogo
foi em 3 de março de 1977, marcando um gol na goleada de 6 x 1 sobre um
Combinado Botafogo/Vasco da Gama.
Em setembro de 1978, Nilson Dias foi
negociado com o Universidad Guadalajara, do México.
Retornou ao Brasil em fevereiro de 1981,
contratado pelo Internacional, de Porto Alegre (RS), onde fez boas partidas.
Estreou no colorado gaúcho no dia 7 de
março de 1981, no Beira-Rio, em jogo válido pelo Campeonato Brasileiro,
marcando o gol da vitória de 1 x 0 sobre o Goiás.
Poucos dias depois, marcou os dois gols do
empate de 2 x 2 com o Sport Recife.
Continuou marcando gols até o dia 28 de
junho de 1981. Em jogo válido pelo campeonato gaúcho, o Internacional venceu o
Brasil, de Pelotas, por 2 x 1, com um gol de Nilson Dias. Foi a última vez que
defendeu o Internacional. O presidente José Asmuz sempre deixou claro que não
pagaria os 40 milhões de cruzeiros pelo seu passe junto ao futebol mexicano.
Nem mesmo uma pesquisa promovida pela Rádio Gaúcha, apontando que 65% dos
torcedores do Internacional queriam sua permanência, foi o suficiente para
Asmuz mudar seus planos.
No jogo seguinte, 19 de agosto, na vitória
de 2 x 0 sobre o São José, Nilson Dias marcou seu primeiro gol com a camisa do
Santos.
Ficou no clube paulista até abril de 1982.
No dia 6 desse mês, fez seu último jogo pelo Santos, quando o clube paulista
empatou com o Flamengo, no Morumbi, em 1 x 1.
Saindo do Santos, transferiu-se para o
Santa Cruz, de Recife, onde chegou já com o campeonato pernambucano em
andamento. Estreou no dia 18 de julho de 1982, em Caruaru, marcando o gol da
vitória do Santa Cruz por 1 x 0. Permaneceu no clube pernambucano até o final
de 1982.
Devolvido ao Santos ao final do contrato
com o Santa Cruz, foi emprestado ao São Cristóvão para a disputa do Campeonato
Carioca de 1983.
Em seguida defendeu o Acadêmica, de Coimbra
(Portugal), nas temporadas 1983/1984 e 1984/1985 e o Olaria, em 1985.
Aos 35 anos, no dia 2 de maio de 1989,
Nilson Dias se apresentou ao Sobradinho, sendo recebido pela diretoria do clube
no Aeroporto Internacional de Brasília. Seu contrato era de quatro meses. Participou
de dois coletivos e, no dia 7 de maio, fez sua estreia com a camisa do
Sobradinho, na vitória de 3 x 1 sobre o Taguatinga, no estádio Augustinho Lima.
Nilson Dias marcou dois gols.
Dez dias depois, enfrentou o Gama, no
Bezerrão: empate em 1 x 1. No dia 21 de maio, atuou em mais uma vitória do
Sobradinho: 1 x 0 sobre o Brasília. Conheceu sua primeira derrota no dia 25 de
maio, diante do Ceilândia. O Sobradinho perdeu por 3 x 2. Logo após esse jogo,
Nilson Dias pediu rescisão de seu contrato, alegando problemas particulares.
Algumas fontes registram ainda passagens do
jogador pelo Riffa Bahrain (Bahrein), e Central, de Barra do Piraí (RJ).
Depois que largou o futebol, foi professor
de uma escolinha de futebol do Iate Clube Jardim Guanabara, na Ilha do
Governador.
Também desenvolveu um projeto de
organização do Master do Botafogo juntamente com Mendonça, Maurício e outros
craques e amigos de sua época, valorizando os tempos áureos do clube da estrela
solitária.
Fonte: Almanaque do Futebol Brasiliense.
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