As duas primeiras edições da Taça São Paulo de Futebol Junior, realizadas nos anos de 1969 e 1970, só contaram com a participação de quatro clubes paulistas em cada uma delas.
A terceira edição, a de 1971, foi a primeira vez em que clubes de outros Estados tomaram parte.
E o número aumentou bastante: passou a ser de 16 clubes. Os paulistas continuaram sendo maioria, 11: Comercial, de Ribeirão Preto; Guarani e Ponte Preta, de Campinas; Santos, de Santos; e Corinthians, Juventus, Nacional, Nitro-Química, Palmeiras, Portuguesa de Desportos e São Paulo, da capital paulista.
Os demais eram Botafogo e Fluminense, do Rio de Janeiro; Atlético Mineiro, de Belo Horizonte-MG; Coritiba, de Curitiba-PR e Grêmio, de Porto Alegre-RS.
No dia 12 de dezembro de 1970, o Botafogo passou a fazer parte da história da competição: foi o primeiro clube de outro Estado a entrar em campo (no Centro Esportivo e Recreativo de Vila Pirituba) para disputar a competição.
E o fez de forma magnífica: goleando a Portuguesa de Desportos, por 6 x 0. A competição prosseguiu em janeiro de 1971, com o Botafogo superando mais duas equipes paulistas: no dia 17, venceu o Nacional (3 x 1) e no dia 30, o Palmeiras (4 x 0).
Classificou-se com sobras em primeiro lugar de seu grupo.
Nas quartas-de-final, no dia 6 de fevereiro de 1971, com gol de Luizinho, o Botafogo superou o Grêmio, por 1 x 0.
Nas semifinais, no dia 27 de fevereiro, a estrela do artilheiro Luizinho voltou a brilhar: marcou os três gols da vitória de 3 x 1 sobre a Ponte Preta, aos 18 minutos do 1º tempo, e aos 18 e 34 do 2º. Cruzinho descontou para o time de Campinas, aos 30 minutos do 1º tempo. O árbitro foi Roberto Nunes Morgado, que expulsou Toninho da Ponte Preta, no segundo tempo. O Botafogo jogou com China, Calibé, Maurício, Pedro Paulo e Jorginho; Nandes e Edinho; Tuca, Luizinho, Brito e Galdino. A Ponte Preta formou com Moacir, Maurinho, Lázaro, Nenê e Toninho; Silvinho e Gilberto; Cruzinho, Rubinho (Ricardo), Roberto e Aloízio (Mojica).
No dia 6 de março de 1971 aconteceu a final do torneio, uma final carioca, entre Botafogo e Fluminense.
As equipes formaram assim: Botafogo - China, Calibé, Maurício, Pedro Paulo e Ney; Nandes e Edinho; Tuca, Brito (Perácio), Luizinho e Galdino. Técnico: Neca.
Fluminense - Russo, Dejair, Pogito, Jorge Henrique e Jorginho; Carlos Alberto e Fernando; Augusto, Silvinho, Eduardo (Onofre) e Antônio Carlos (Bequinha). Técnico: Sebastião Araújo.
O árbitro foi Roberto Nunes Morgado.
No tempo normal de jogo (70 minutos), empate em 3 x 3, com os gols marcados nessa ordem: Tuca, 11; Silvinho, 14; Augusto, 23; Silvinho, 30; Galdino, 63 e Luizinho, 68.
Na prorrogação, Edinho marcou para o Botafogo, aos 14 minutos do primeiro tempo e Onofre empatou para o Fluminense.
O título somente foi decidido na cobrança de pênaltis e o Botafogo levou a pior: o goleiro Russo defendeu uma cobrança feita por Ney.
Essa foi a melhor colocação do Botafogo em toda a história da “Copinha”.
Com esse resultado, a equipe de juvenis do Botafogo alcançou a série invicta de 103 jogos sem perder.
O atacante Luizinho, do Botafogo, recebeu três troféus: o primeiro, por ter sido o melhor jogador da partida; o segundo, pela sua atuação durante todo o campeonato, e o terceiro por ser o artilheiro da competição, com 11 gols.
Fontes:
Copa São Paulo – A Vitrine do Futebol Brasileiro
O Estado de S. Paulo
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